quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Parasitismo

O transativismo assim como todas invenções dos homens pelos homens só sobrevive parasitando as mulheres. O homem tem uma união fantástica quando o assunto é oprimir as mulheres, mas quando você remove o fator mulher da equação os homens rapidamente se voltam uns contra os outros e começam a se destruir.

A própria "rivalidade feminina" é na verdade uma projeção da rivalidade masculina sobre a mulher, uma projeção como todo o resto que o macho impõe sobre a fêmea, incluindo a feminilidade. A rivalidade original é a "rivalidade masculina" e isso fica evidente em como estão sempre em situação de disputa uns com os outros sobre qual é o mais forte, ou tem o maior exército ou o maior pênis.

Similarmente no meio trans os homens continuam a sua disputa, aqui, explicitando mais ainda que a "rivalidade feminina" é uma projeção imposta por eles pois passam a disputar quem é a mais linda, a mais feminina, a que usa o maior salto, a que tem o maior cabelo, o maior silicone... enfim, constante situação de disputa, de competição, de ver quem tomba mais, lacra mais, brilha mais e pisa mais (de salto agulha).

Como um movimento como o transativismo poderia vir a existir com toda essa futilidade e competição? A resposta é simples, jamais poderia existir. E digo mais, se o transativismo vier a ser o movimento das mulheres trans ele se dissolve quase que de imediato, a lacração entra em estado de autodestruição e o movimento se implode. O que permite aos homens viverem todas as suas situações de disputa autodestrutivas é que eles parasitam as mulheres.

Homens lutam no MMA do UFC, brigam na rua, fazem guerras, carregam mais sacos de cimento pra mostrar que são fortes, se arriscam pra provar sua virilidade porque no fim, quando se arrebentam todos, são cuidados pelas mulheres. Os homens são como avatares da morte que se alimentam das fontes de vida para por alguns instantes parecerem vivos.

Homens, e aqui se inclui as "mulheres trans", são como vampiros que destituídos de qualquer força motriz de vida bebem o sangue de quem esbanja vitalidade, ou seja, as mulheres, e abastecidos com esse sangue parecem ter todo o tipo de superpoderes, parecem ser seres excepcionais. Mas esses seres excepcionais tem duas fraquezas básicas: Morrem se não puderem sugar o sangue de algum ser vivo e se queimam se foram expostos, colocados na luz.

Assim, fica claro de porque o transativismo não existe e não quer existir como movimento separado. É porque é impossível. O parasitismo do transativismo sobre o feminismo é uma necessidade, é condição básica de sua existência. Se o transativismo se desvincular do feminismo toda a sua futilidade e natureza masculinista se tornará escandalosamente exposta.

Se as mulheres não sustentarem todo o ódio e competição dos homens uns contra outros eles se voltam contra si e se acabam em guerra, a história é prova disso.

3 comentários:

  1. Júlia, posso perguntar qual é a sua formação? Ou você é autodidata? Pergunto isso porque você tem conhecimento bastante aprofundado sobre estudos de gênero/feminismo etc

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  2. Em primeiro lugar da parte específica do feminismo eu recomendo em especial Sheila Jeffreys e Janice Raymond. Eu li pouco mas sei que também é bem importante a Andrea Dworkin e outras. E claro eu leio constantemente posts e artigos escritos por feministas radicais em especial, aqui no Brasil, Natacha Orestes e Carol Wojtyla.

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  3. Da minha parte em específico eu resumiria dizendo que eu tenho um histórico de estudo na área de humanas, tive interesse desde o começo da adolescência e quase cheguei a concluir o curso de Psicologia. O feminismo chegou tarde na minha vida, mas acredito que o conhecimento prévio ajudou bastante. Além disso tive uma vivência no movimento "transativista" que foi uma experiência importante pra minha posição atual.

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