"Se
trans é feminina é fetichização da mulher mas rad pode usar batom,
salto alto e colocar silicone, tá serto" - A resposta disso é a mais
simples possível. À mulher foi imposta à feminilidade, ao homem que se
identifica como mulher não. À mulher foi imposta a feminilidade,
absolutamente nenhuma culpa ou responsabilidade cai sobre ela por viver
isso, ela não tem nenhuma obrigação ou responsabilidade de mudar uma
programação que foi feita nela desde a infância e que durou décadas. É
monstruoso e cruel sequer sugerir que elas tenham alguma
responsabilidade sobre isso que foi tão opressivamente imposto sobre
elas.
É uma abominação acreditar ou sequer inserir nessa conversa a ideia de desconstrução como se oprimidos tivessem de alguma forma culpa ou responsabilidade de se "reprogramar". É um ganho se conseguirem, mas não é, de modo algum, uma responsabilidade e não gera nenhuma culpa. Ao homem que se identifica como mulher porém cabe a pergunta: Se não foi forçado à feminilidade e a decide performar, porque tratá-la como algo da mulher? O problema não é ser de um jeito X, usar roupas Y ou fazer cirurgias Z mas que ao se dizer que isso é parte do ser mulher se reafirma a diferença dos gêneros e se reafirma a expectativa do patriarcado sobre os gêneros.
Um ser que nasceu com pênis pode usar vestidos e salto alto, colocar ou não silicone. O absurdo é dizer que isso é parte da sua existência como mulher, como se "mulher" de fato existisse, como se existisse algo, qualquer coisa que seja, espiritual, mental ou físico que defina que um ser humano deva ser, ou seja, mulher. Como se mulher não fosse só a opressão praticada contra quem nasce com vagina e nunca jamais escolheu ser mulher, nunca se sentiu mulher, mas foi domesticada e doutrinada a ser, ao ponto, é claro, de amar ser (e não vou entrar nos méritos aqui de condicionamento, quem tem o conhecimento tem, quem não tem pesquisa).
Mulher é uma imposição, uma tortura contra quem tem vagina e quem tem vagina não tem culpa de ser condicionada a agir assim porque foi forçada a isso. Nada faz de ninguém mulher, quando o rad fala de exclusividades da mulher não é de modo algum afirmando identidades e exclusividades de "mulheres biológicas" mas em função de libertar quem nasceu com vagina de ter sobre elas imposta a socialização feminina. Não tem nada de bonito em ser mulher, não é clube da Luluzinha, é muito mais um grupo de pessoas que sofrem constantes abusos pela sua fisiologia, independente de suas escolhas, um clube de sobreviventes que se organiza pra enfrentar seus abusadores.
Não é sobre identidade é sobre imposição, é essa a diferença mais básica. Assim repito, quem força a mulher trans a ser mulher? Quem é o opressor que treinou a mulher trans desde o nascimento pra ser mulher? Feminilidade no caso da mulher trans não é em absoluto uma opressão, não foi imposta, não é tortura, domesticação, não é quebrar um ser mentalmente saudável até se tornar um objeto submisso e eternamente dependente do desejo e da aprovação alheia.
É difícil assim de entender a diferença entre uma identidade imposta e outra que não foi imposta (pelo contrário, é oposta à imposição)? Não conseguem diferenciar sofrer lavagem cerebral pra ser mulher e não ter culpa nenhuma sobre isso de lutar contra a imposição de ser homem? É surreal demais.
É uma abominação acreditar ou sequer inserir nessa conversa a ideia de desconstrução como se oprimidos tivessem de alguma forma culpa ou responsabilidade de se "reprogramar". É um ganho se conseguirem, mas não é, de modo algum, uma responsabilidade e não gera nenhuma culpa. Ao homem que se identifica como mulher porém cabe a pergunta: Se não foi forçado à feminilidade e a decide performar, porque tratá-la como algo da mulher? O problema não é ser de um jeito X, usar roupas Y ou fazer cirurgias Z mas que ao se dizer que isso é parte do ser mulher se reafirma a diferença dos gêneros e se reafirma a expectativa do patriarcado sobre os gêneros.
Um ser que nasceu com pênis pode usar vestidos e salto alto, colocar ou não silicone. O absurdo é dizer que isso é parte da sua existência como mulher, como se "mulher" de fato existisse, como se existisse algo, qualquer coisa que seja, espiritual, mental ou físico que defina que um ser humano deva ser, ou seja, mulher. Como se mulher não fosse só a opressão praticada contra quem nasce com vagina e nunca jamais escolheu ser mulher, nunca se sentiu mulher, mas foi domesticada e doutrinada a ser, ao ponto, é claro, de amar ser (e não vou entrar nos méritos aqui de condicionamento, quem tem o conhecimento tem, quem não tem pesquisa).
Mulher é uma imposição, uma tortura contra quem tem vagina e quem tem vagina não tem culpa de ser condicionada a agir assim porque foi forçada a isso. Nada faz de ninguém mulher, quando o rad fala de exclusividades da mulher não é de modo algum afirmando identidades e exclusividades de "mulheres biológicas" mas em função de libertar quem nasceu com vagina de ter sobre elas imposta a socialização feminina. Não tem nada de bonito em ser mulher, não é clube da Luluzinha, é muito mais um grupo de pessoas que sofrem constantes abusos pela sua fisiologia, independente de suas escolhas, um clube de sobreviventes que se organiza pra enfrentar seus abusadores.
Não é sobre identidade é sobre imposição, é essa a diferença mais básica. Assim repito, quem força a mulher trans a ser mulher? Quem é o opressor que treinou a mulher trans desde o nascimento pra ser mulher? Feminilidade no caso da mulher trans não é em absoluto uma opressão, não foi imposta, não é tortura, domesticação, não é quebrar um ser mentalmente saudável até se tornar um objeto submisso e eternamente dependente do desejo e da aprovação alheia.
É difícil assim de entender a diferença entre uma identidade imposta e outra que não foi imposta (pelo contrário, é oposta à imposição)? Não conseguem diferenciar sofrer lavagem cerebral pra ser mulher e não ter culpa nenhuma sobre isso de lutar contra a imposição de ser homem? É surreal demais.
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