terça-feira, 7 de fevereiro de 2017
Contra o transativismo
Pela minha postura contrária ao transativismo e por denunciar tudo que esse movimento pratica contra as mulheres eu sou frequentemente chamada de rad ou até de TERF.
Pra eu ser radfem eu teria que ser mulher, ou seja eu teria que:
1.Ser identificada como mulher no nascimento e ter passado pela socialização feminina por ser uma parideira em potencial;
2.Ter meu corpo, vivência e existência odiados pela sociedade falocêntrica;
3.Não oprimir mulheres
Então, não, não sou radfem e não tem como eu ser.
Gosto de brincar, pela ofensa que fazem às feministas radicais, dizendo que sou não sou TERF mas sou TETA, Trans Exclusive Transexual Activist. Mas a verdade é que sou apenas uma pessoa com a capacidade, aparentemente rara, de perceber absurdos e rejeitar a violência contra a mulher como pauta de um movimento.
Eu classifico o que eu faço simplesmente como minha reação frente a misoginia do transativismo. O silenciamento das mulheres, o apagamento das opressões que a mulher sofre e até a inversão da condição de oprimido e opressor que o transativismo promove me enojam. Não só me dão nojo, me doem, porque convivi (e convivo) de perto com mulheres a vida toda e sei como é importante pra elas terem um espaço exclusivo pra falar das suas vivências e suas dores.
Daí me pergunto, PORQUE DIABOS ESSA SUPOSTA ALMA FEMININA FAZ COM QUE TRANS TOMEM ATITUDES DE COLONIZAÇÃO IGUAIS AS DOS HOMENS???? É se impor, se "forçar pra dentro", causar divisão entre as meninas, enfraquecer o movimento colocando mulher contra mulher, enfim... igualzinho homem...
Não sou uma pessoa correta que faz tudo certinho, minha diferença com relação a outras pessoas é que não defendo e propago a misoginia como algo aceitável ou desejável, não defendo com unhas e dentes a violência contra a mulher.
O que eu digo só parece subversivo em comparação com a misoginia grosseira que se infiltrou em alguns feminismos graças a presença do transativismo, mas deveria ser o normal para qualquer ser com um mínimo de compreensão e empatia. Tantas trans se manifestam e atacam mulheres e eu não consigo me controlar e sinto necessidade de fazer a voz contrária.
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