A pessoa trans* é a pessoa que não se identifica totalmente com o
gênero que a sociedade espera dela dentro do binário homem-mulher ou que
se identifica parcialmente ou completamente fora desse binário. Mas o
ponto principal aqui é que gênero, tal qual apresentado pelas teorias
que o defendem enquanto parte integrante de nossa identidade, é um
processo de auto identificação.
Se trans* é autoidentificação então algo só pode ser chamado transfobia quando se refere a autoidentificação de uma pessoa. O que acontece porém é que ninguém senta para perguntar a uma pessoa sobre como ela se identifica antes de agredi-la, a motivação da agressão é a não conformidade com os padrões de gênero, independente da autoidentificação da pessoa.
Isso ocorre por causa de como o patriarcado funciona e entender como ele funciona é entender que a transfobia não existe. O patriarcado é um sistema de estabelecimento, manutenção e fortalecimento da dominação do macho sobre a fêmea, tudo que fortalece essa opressão é recompensado, tudo que enfraquece essa opressão é punido.
Se um macho exerce seu poder de dominação sobre a fêmea pouco importa ao patriarcado se ele se auto denomina homem ou mulher. Se esse macho porém desafia os papeis de gênero, trazendo um relatividade ao que deve ser imposto às mulheres ou ao que pode também ser imposto aos homens esse macho sim vai ser punido, independente de como ele se auto identifica.
Um homem adotar signos culturais de fraqueza ou opostos ao papel de dominador (delicadeza estética por exemplo) é um problema para o patriarcado e portanto há alta probabilidade dele ser punido, isso independe de como ele se autoidentifica. Assim como uma mulher adotar signos culturais de força e independência, opostos ao papel de submissão, é um problema para o patriarcado e vai fazer com que ela seja agredida.
É verdade que há uma alta probabilidade que pessoas trans* se expressem de maneiras que atraiam a punição do patriarcado mas essa punição se dá por confrontarem os papeis designados pelo patriarcado e não por como se identificam. A prova maior disso é que uma pessoa """""cis""""" que quebre mais normas de gênero é proporcionalmente mais punida do que uma pessoa trans* que se conforme com os padrões de gênero.
Quem insiste em dizer que a transfobia é o problema e que pessoas """"cis"""" não sabem o que é isso nunca conheceram uma mulher que não performa feminilidade (independente da sua sexualidade). Sua identidade é o tempo todo desconsiderada, ela é o tempo todo chamada de macho, comparada com homem. Sofrem preconceito o tempo todo e ameaças de agressão constantes sendo a mais comum a de estupro corretivo (mesmo quando são hetero, pra aprenderem a ser femininas). Supostamente se ela é """"cis"""" ela não deveria ter nenhum problema com essas coisas, não é mesmo? Afinal ela "nasceu mulher" (risos) e "se identifica como mulher" (risos²).
E por fim, que fique bem claro, embora um macho sair dos padrões de gênero seja punido pelo patriarcado isso em nada ajuda a libertação das mulheres. É um problema "entre os meninos", divergências no "clube do bolinha" e independente do que for resolvido entre os garotos, seja com barba, com biquini ou com ambos, as mulheres continuam sendo a casta sexual oprimida. Salto alto e maquiagem já foi "coisa de homem" e eles não deixaram de ser opressores e estupradores por isso.
Se trans* é autoidentificação então algo só pode ser chamado transfobia quando se refere a autoidentificação de uma pessoa. O que acontece porém é que ninguém senta para perguntar a uma pessoa sobre como ela se identifica antes de agredi-la, a motivação da agressão é a não conformidade com os padrões de gênero, independente da autoidentificação da pessoa.
Isso ocorre por causa de como o patriarcado funciona e entender como ele funciona é entender que a transfobia não existe. O patriarcado é um sistema de estabelecimento, manutenção e fortalecimento da dominação do macho sobre a fêmea, tudo que fortalece essa opressão é recompensado, tudo que enfraquece essa opressão é punido.
Se um macho exerce seu poder de dominação sobre a fêmea pouco importa ao patriarcado se ele se auto denomina homem ou mulher. Se esse macho porém desafia os papeis de gênero, trazendo um relatividade ao que deve ser imposto às mulheres ou ao que pode também ser imposto aos homens esse macho sim vai ser punido, independente de como ele se auto identifica.
Um homem adotar signos culturais de fraqueza ou opostos ao papel de dominador (delicadeza estética por exemplo) é um problema para o patriarcado e portanto há alta probabilidade dele ser punido, isso independe de como ele se autoidentifica. Assim como uma mulher adotar signos culturais de força e independência, opostos ao papel de submissão, é um problema para o patriarcado e vai fazer com que ela seja agredida.
É verdade que há uma alta probabilidade que pessoas trans* se expressem de maneiras que atraiam a punição do patriarcado mas essa punição se dá por confrontarem os papeis designados pelo patriarcado e não por como se identificam. A prova maior disso é que uma pessoa """""cis""""" que quebre mais normas de gênero é proporcionalmente mais punida do que uma pessoa trans* que se conforme com os padrões de gênero.
Quem insiste em dizer que a transfobia é o problema e que pessoas """"cis"""" não sabem o que é isso nunca conheceram uma mulher que não performa feminilidade (independente da sua sexualidade). Sua identidade é o tempo todo desconsiderada, ela é o tempo todo chamada de macho, comparada com homem. Sofrem preconceito o tempo todo e ameaças de agressão constantes sendo a mais comum a de estupro corretivo (mesmo quando são hetero, pra aprenderem a ser femininas). Supostamente se ela é """"cis"""" ela não deveria ter nenhum problema com essas coisas, não é mesmo? Afinal ela "nasceu mulher" (risos) e "se identifica como mulher" (risos²).
E por fim, que fique bem claro, embora um macho sair dos padrões de gênero seja punido pelo patriarcado isso em nada ajuda a libertação das mulheres. É um problema "entre os meninos", divergências no "clube do bolinha" e independente do que for resolvido entre os garotos, seja com barba, com biquini ou com ambos, as mulheres continuam sendo a casta sexual oprimida. Salto alto e maquiagem já foi "coisa de homem" e eles não deixaram de ser opressores e estupradores por isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário