Há algo de único na opressão que as fêmeas sofrem, isso é muito pouco abordado mas é ao mesmo tempo fundamental para compreender porque essa opressão não pode ser tratada como as outras e porque a identidade tem um papel diferente nessa opressão.
O proletariado é definido pelo seu trabalho não pela exploração dele. É um orgulho para o trabalhador do campo e para o trabalhador da cidade que produzam e construam a sociedade. Sem o capitalismo o trabalhador ainda é trabalhador, o trabalhador não depende do capitalismo para ser chamado trabalhador. Não é o capitalismo que instituiu o trabalhador, o trabalhador existe antes do capitalismo, o trabalhador existe pra além do capitalismo, o trabalhador é mais que o capitalismo.
O negro tem uma identidade enquanto negro, tem uma ancestralidade, tem terras, línguas, religiões, vestes, músicas e muito mais. O negro, assim como outros povos colonizados, tem algo que pode proteger pois a identidade que o branco impôs não é o que o define, o negro existia antes do branco, o negro existe pra além do branco, o negro é mais que o branco. Ainda que o branco destruísse toda uma cultura os sobreviventes do massacre tem uma história para contar e para a qual retornar ou mesmo reconstruir ou reinventar. Há uma identidade.
Certa vez li a frase "Os negros não são descendentes de escravos", o contexto da frase é que antes de serem escravos os negros eram um povo. A mulher porém é escrava, é precisamente isso que define a mulher. A mulher não tem uma história que antecede sua opressão, a história da mulher é a história da sua opressão e da sua sobrevivência. Mulher não é o nome de uma identidade, é o nome de uma opressão. Não existe uma cultura da mulher, a cultura da mulher é um épico de sobrevivência, a primeira história heroica escrita.
A base da opressão da mulher é a identidade, ou mais especificamente a ausência dela. A mulher é um não-homem, é um objeto de desejo do homem, uma puta a ser penetrada, um útero a ser fecundado, uma esposa a ser explorada, uma mãe pra cuidar do mundo e uma velha pra ser descartada como uma louca coitada quando seu prazo de validade acabar. Como nada foi criada, como nada vive e como nada morre.
O homem não detém meios de produção ou armas superiores com as quais ele mantém a mulher no lugar de oprimida, mas o homem manipula o discurso que sustenta a ilusão de que a mulher é diferente dele. O discurso hierárquico do homem-ego-gente que submete a mulher-coisa-objeto. A hierarquia de gênero se mantém através de todas as raças e modos de produção porque ela, ao contrário dessas outras, é uma ilusão.
A materialidade da opressão de gênero é o discurso do opressor, ainda que a mulher tenha acesso às mesmas armas que o homem o ódio é propriedade privada do homem e o perdão da mulher, ela vai sempre perder. Toda e qualquer ideologia que sustenta ou reforça a diferença entre os gêneros é uma ideologia de manutenção da opressão contra a mulher. Ser trabalhador é a identidade do trabalhador, ser negro é a identidade do negro, mas ser mulher não é a identidade da mulher, ser mulher é justamente a anulação da identidade do ser que é "mulherizado".
A mulher não é oprimida pelo homem enquanto mulher, não há mulher, mulher é apenas um sinônimo para não-gente, para anulação, para inexistência, para desidentidade. Existe todo o tipo de variação anatômica entre os seres humanos, dos tipos mais diversos, mas a vagina foi escolhida como critério para dissolver metade dos seres humanos até sobrar só a submissão ao desejo do falo. Assim a maior força da mulher é criar uma identidade que se oponha a tudo isso, é restaurar e potencializar aquilo que tentaram apagar e com a mesma base que usam pra apaga-la, seu corpo.
O resgate da identidade da mulher como ser humano é a sua arma de luta contra a opressão e sua arma de luta contra a opressão é o resgate da sua identidade como ser humano. Uma identidade que não exista em relação ao desejo do homem, que não tenha como referência o desejo do homem, nem para o conformar e nem para o deformar, mas para abandonar. É necessário a separação e o distanciamento do homem para que essa distância abrigue um vácuo e esse vácuo torne o discurso do homem mudo.
Assim, o transativismo e o queer são necessariamente inimigos da luta da mulher pois são diretamente opostos à libertação da mulher. Essas movimentos querem trazer a ideia de mulher como a do negro e do trabalhador, como se a identidade imposta à mulher fosse de fato sua identidade, uma identidade da qual deva se orgulhar, ignorando completamente que essa identidade foi dada pelo opressor.
A mulher se orgulhar de ser feminina (feminilidade aqui no sentido do ritual de submissão imposto pelo patriarcado) não é como o negro se orgulhar dos Orixás ou trabalhador se orgulhar da contribuição que ele traz para a sociedade, seria como o negro se orgulhar de grilhões ou trabalhadores se orgulharem de um salário miserável. Aceitar que exista uma identidade feminina não é como aceitar uma identidade de negro ou de trabalhador é aceitar que existe uma identidade de escravo ou de explorado.
Um movimento que queira validar e fortalecer a desidentidade chamada mulher como se fosse uma identidade é um movimento patriarcal que existe apenas para roubar, matar e destruir.
domingo, 26 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
Física QUEERântica: A mulher de Schrödinger
[Trecho editado do artigo presente na Wikipedia] "O Gato de Schrödinger é uma experiência mental, frequentemente descrita como um paradoxo, desenvolvida pelo físico austríaco Erwin Schrödinger, em 1935. No exemplo, há um gato encerrado em uma caixa, de forma a não estar apenas vivo ou apenas morto, mas sim "morto-vivo".
Por sua vida supostamente atrelar-se a um evento aleatório quântico, um gato "vivomorto" surge como reflexo de um estado quântico. Em termos técnicos, o estado "vivomorto" (claramente distinto do estado vivo e distinto do estado morto) compõe-se pelo emaranhamento desses dois estados e constitui de fato, segundo o que se busca elucidar, a situação do gato no experimento, ao menos enquanto o sistema permanecer fechado, sem ser observado.
O experimento também traz à tona questionamentos quanto à natureza do "observador" e da "observação" na mecânica quântica; se você, pelo fato de abrir a caixa e deparar-se com um gato morto, é ou não o responsável pela sua morte. Foi no transcurso desse experimento que Schrödinger criou o termo Verschränkung (em português, entrelaçamento)."
Dada a introdução eu diria que no caso específico da mulher seria melhor descrever seu entrelaçamento como quântico-social e existente-inexistente além de vivo-morto.
Quando o patriarcado funda sua opressão ao criar a casta sexual das mulheres à partir do seu potencial para desenvolver um organismo capaz de ser fecundado pelos machos ele já determina o primeiro ponto para dissolver a mulher, pois assim a mulher não é nada, ela é um potencial, e não é um potencial de ser ela mesma, é um potencial de servir ao outro. Esse é seu primeiro "entrelaçamento", a mulher, até que sirva de alguma forma para o patriarcado, existe e não-existe, dependendo apenas do observador, no caso, o macho, para direcionar sua atenção a ela e torna-la existente.
Esse não é porém o único estado "vivo-morto" da mulher, infelizmente. Além da mulher depender de que o macho a defina como mulher, como potencial para existir para ele, há uma necessidade constante de manutenção do seu estado como mulher para que a mulher continue sendo assim definida pelo macho. Há uma série de rituais de submissão, compilados sob o nome de feminilidade, que determinam que uma mulher continue sendo foco do homem e assim permaneça no estado "vivo" ou "existente".
Uma crueldade implícita está aí, pois o mesmo observador, ou seja, macho, que determina o estado "vivo" ou "existente", também determina o estado "morto" ou "inexistente". Estar sob o olhar do observador é ao mesmo tempo uma condição de vida-existência e de morte-inexistência. Essa condição de viver sob essa crueldade se tornou então um poder para que a mulher lutasse contra seu estado de "entrelaçamento" imposto pelo patriarcado, pois algo bem definido estava ali, a opressão praticada contra ela, independente do seu estado. O opressor sabotou seu próprio plano ao deixar algo muito bem definido, determinado, fixo, invariável.
O opressor então surgiu com um plano para corrigir esse deslize, o Queer. O queer vem como arma do patriarcado para impor à opressão que a mulher vive um estado de "entrelaçamento" onde ela existe e não existe. A condição de ser mulher que em um certo momento era confrontada por poder ser definida pela sua opressão agora, no queer, é a opressão mas é também oprimir, deter privilégios, o famoso "privilégio cis". No queer a mulher é mulher mas também pode não ser, pode ser homem, pode não ser nada, pode ser várias coisas.
A grande questão aqui é que indefinida, a não ser pelo seu opressor, a mulher sempre foi no patriarcado, o queer não traz nada de novo nessa área, só vem retomar e fortalecer essa condição de existência-quântico-indefinida. Sem o queer o patriarcado não tem como dissolver a mulher, porque a mulher vê o que há de inevitavelmente constante nesse suposto sistema aleatório, que é a opressão imposta pelo macho, seu observador.
O gato de Schrödinger existe independente do observador, na verdade é o observador que depende do gato pra se definir, e é isso que o observador, com seu discurso pseudo-físico, quer ocultar. Não é o gato que pode morrer quando o observador abre a caixa, é Schrödinger que pode deixar de existir quando perceber sua existência dependia de um evento aleatório quântico determinado pelo gato.
Se a mulher compreender que a constante do seu estado "entrelaçado" é o macho, e não deixar o queer dissolver a constante da sua opressão então ela vai sair da caixa, bem existente e bem viva, não num estado "entrelaçado", não morta-viva, não indefinida, e vai olhar para o seu observador, o macho, e o observador é que vai se dissolver. Se a mulher não se dobrar ao queer, se abraçar o absoluto da opressão que sofre para controntá-la de maneira bem definida quem se torna dependente do seu olhar observador é o patriarcado de Schrödinger.
Por sua vida supostamente atrelar-se a um evento aleatório quântico, um gato "vivomorto" surge como reflexo de um estado quântico. Em termos técnicos, o estado "vivomorto" (claramente distinto do estado vivo e distinto do estado morto) compõe-se pelo emaranhamento desses dois estados e constitui de fato, segundo o que se busca elucidar, a situação do gato no experimento, ao menos enquanto o sistema permanecer fechado, sem ser observado.
O experimento também traz à tona questionamentos quanto à natureza do "observador" e da "observação" na mecânica quântica; se você, pelo fato de abrir a caixa e deparar-se com um gato morto, é ou não o responsável pela sua morte. Foi no transcurso desse experimento que Schrödinger criou o termo Verschränkung (em português, entrelaçamento)."
Dada a introdução eu diria que no caso específico da mulher seria melhor descrever seu entrelaçamento como quântico-social e existente-inexistente além de vivo-morto.
Quando o patriarcado funda sua opressão ao criar a casta sexual das mulheres à partir do seu potencial para desenvolver um organismo capaz de ser fecundado pelos machos ele já determina o primeiro ponto para dissolver a mulher, pois assim a mulher não é nada, ela é um potencial, e não é um potencial de ser ela mesma, é um potencial de servir ao outro. Esse é seu primeiro "entrelaçamento", a mulher, até que sirva de alguma forma para o patriarcado, existe e não-existe, dependendo apenas do observador, no caso, o macho, para direcionar sua atenção a ela e torna-la existente.
Esse não é porém o único estado "vivo-morto" da mulher, infelizmente. Além da mulher depender de que o macho a defina como mulher, como potencial para existir para ele, há uma necessidade constante de manutenção do seu estado como mulher para que a mulher continue sendo assim definida pelo macho. Há uma série de rituais de submissão, compilados sob o nome de feminilidade, que determinam que uma mulher continue sendo foco do homem e assim permaneça no estado "vivo" ou "existente".
Uma crueldade implícita está aí, pois o mesmo observador, ou seja, macho, que determina o estado "vivo" ou "existente", também determina o estado "morto" ou "inexistente". Estar sob o olhar do observador é ao mesmo tempo uma condição de vida-existência e de morte-inexistência. Essa condição de viver sob essa crueldade se tornou então um poder para que a mulher lutasse contra seu estado de "entrelaçamento" imposto pelo patriarcado, pois algo bem definido estava ali, a opressão praticada contra ela, independente do seu estado. O opressor sabotou seu próprio plano ao deixar algo muito bem definido, determinado, fixo, invariável.
O opressor então surgiu com um plano para corrigir esse deslize, o Queer. O queer vem como arma do patriarcado para impor à opressão que a mulher vive um estado de "entrelaçamento" onde ela existe e não existe. A condição de ser mulher que em um certo momento era confrontada por poder ser definida pela sua opressão agora, no queer, é a opressão mas é também oprimir, deter privilégios, o famoso "privilégio cis". No queer a mulher é mulher mas também pode não ser, pode ser homem, pode não ser nada, pode ser várias coisas.
A grande questão aqui é que indefinida, a não ser pelo seu opressor, a mulher sempre foi no patriarcado, o queer não traz nada de novo nessa área, só vem retomar e fortalecer essa condição de existência-quântico-indefinida. Sem o queer o patriarcado não tem como dissolver a mulher, porque a mulher vê o que há de inevitavelmente constante nesse suposto sistema aleatório, que é a opressão imposta pelo macho, seu observador.
O gato de Schrödinger existe independente do observador, na verdade é o observador que depende do gato pra se definir, e é isso que o observador, com seu discurso pseudo-físico, quer ocultar. Não é o gato que pode morrer quando o observador abre a caixa, é Schrödinger que pode deixar de existir quando perceber sua existência dependia de um evento aleatório quântico determinado pelo gato.
Se a mulher compreender que a constante do seu estado "entrelaçado" é o macho, e não deixar o queer dissolver a constante da sua opressão então ela vai sair da caixa, bem existente e bem viva, não num estado "entrelaçado", não morta-viva, não indefinida, e vai olhar para o seu observador, o macho, e o observador é que vai se dissolver. Se a mulher não se dobrar ao queer, se abraçar o absoluto da opressão que sofre para controntá-la de maneira bem definida quem se torna dependente do seu olhar observador é o patriarcado de Schrödinger.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
Parasitismo
O transativismo assim como todas invenções dos homens pelos homens só sobrevive parasitando as mulheres. O homem tem uma união fantástica quando o assunto é oprimir as mulheres, mas quando você remove o fator mulher da equação os homens rapidamente se voltam uns contra os outros e começam a se destruir.
A própria "rivalidade feminina" é na verdade uma projeção da rivalidade masculina sobre a mulher, uma projeção como todo o resto que o macho impõe sobre a fêmea, incluindo a feminilidade. A rivalidade original é a "rivalidade masculina" e isso fica evidente em como estão sempre em situação de disputa uns com os outros sobre qual é o mais forte, ou tem o maior exército ou o maior pênis.
Similarmente no meio trans os homens continuam a sua disputa, aqui, explicitando mais ainda que a "rivalidade feminina" é uma projeção imposta por eles pois passam a disputar quem é a mais linda, a mais feminina, a que usa o maior salto, a que tem o maior cabelo, o maior silicone... enfim, constante situação de disputa, de competição, de ver quem tomba mais, lacra mais, brilha mais e pisa mais (de salto agulha).
Como um movimento como o transativismo poderia vir a existir com toda essa futilidade e competição? A resposta é simples, jamais poderia existir. E digo mais, se o transativismo vier a ser o movimento das mulheres trans ele se dissolve quase que de imediato, a lacração entra em estado de autodestruição e o movimento se implode. O que permite aos homens viverem todas as suas situações de disputa autodestrutivas é que eles parasitam as mulheres.
Homens lutam no MMA do UFC, brigam na rua, fazem guerras, carregam mais sacos de cimento pra mostrar que são fortes, se arriscam pra provar sua virilidade porque no fim, quando se arrebentam todos, são cuidados pelas mulheres. Os homens são como avatares da morte que se alimentam das fontes de vida para por alguns instantes parecerem vivos.
Homens, e aqui se inclui as "mulheres trans", são como vampiros que destituídos de qualquer força motriz de vida bebem o sangue de quem esbanja vitalidade, ou seja, as mulheres, e abastecidos com esse sangue parecem ter todo o tipo de superpoderes, parecem ser seres excepcionais. Mas esses seres excepcionais tem duas fraquezas básicas: Morrem se não puderem sugar o sangue de algum ser vivo e se queimam se foram expostos, colocados na luz.
Assim, fica claro de porque o transativismo não existe e não quer existir como movimento separado. É porque é impossível. O parasitismo do transativismo sobre o feminismo é uma necessidade, é condição básica de sua existência. Se o transativismo se desvincular do feminismo toda a sua futilidade e natureza masculinista se tornará escandalosamente exposta.
Se as mulheres não sustentarem todo o ódio e competição dos homens uns contra outros eles se voltam contra si e se acabam em guerra, a história é prova disso.
A própria "rivalidade feminina" é na verdade uma projeção da rivalidade masculina sobre a mulher, uma projeção como todo o resto que o macho impõe sobre a fêmea, incluindo a feminilidade. A rivalidade original é a "rivalidade masculina" e isso fica evidente em como estão sempre em situação de disputa uns com os outros sobre qual é o mais forte, ou tem o maior exército ou o maior pênis.
Similarmente no meio trans os homens continuam a sua disputa, aqui, explicitando mais ainda que a "rivalidade feminina" é uma projeção imposta por eles pois passam a disputar quem é a mais linda, a mais feminina, a que usa o maior salto, a que tem o maior cabelo, o maior silicone... enfim, constante situação de disputa, de competição, de ver quem tomba mais, lacra mais, brilha mais e pisa mais (de salto agulha).
Como um movimento como o transativismo poderia vir a existir com toda essa futilidade e competição? A resposta é simples, jamais poderia existir. E digo mais, se o transativismo vier a ser o movimento das mulheres trans ele se dissolve quase que de imediato, a lacração entra em estado de autodestruição e o movimento se implode. O que permite aos homens viverem todas as suas situações de disputa autodestrutivas é que eles parasitam as mulheres.
Homens lutam no MMA do UFC, brigam na rua, fazem guerras, carregam mais sacos de cimento pra mostrar que são fortes, se arriscam pra provar sua virilidade porque no fim, quando se arrebentam todos, são cuidados pelas mulheres. Os homens são como avatares da morte que se alimentam das fontes de vida para por alguns instantes parecerem vivos.
Homens, e aqui se inclui as "mulheres trans", são como vampiros que destituídos de qualquer força motriz de vida bebem o sangue de quem esbanja vitalidade, ou seja, as mulheres, e abastecidos com esse sangue parecem ter todo o tipo de superpoderes, parecem ser seres excepcionais. Mas esses seres excepcionais tem duas fraquezas básicas: Morrem se não puderem sugar o sangue de algum ser vivo e se queimam se foram expostos, colocados na luz.
Assim, fica claro de porque o transativismo não existe e não quer existir como movimento separado. É porque é impossível. O parasitismo do transativismo sobre o feminismo é uma necessidade, é condição básica de sua existência. Se o transativismo se desvincular do feminismo toda a sua futilidade e natureza masculinista se tornará escandalosamente exposta.
Se as mulheres não sustentarem todo o ódio e competição dos homens uns contra outros eles se voltam contra si e se acabam em guerra, a história é prova disso.
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017
Sorvete ou a vida dela?
Porque eu produzo tanto texto contra o transativismo? Porque o transativismo pra mim soa como se estivessem me fazendo a pergunta título: Sorvete ou a vida dela? É pra mim exatamente como se me perguntassem se eu prefiro um sorvete gostoso ou salvar a vida de uma pessoa. O sorvete é uma delícia, mas a escolha pra mim é tão óbvia que eu não sei descrever de outra forma.
Antes vou contextualizar aqui como é possível que eu esteja dizendo que a dor trans é algo fútil como "sorvete" em comparação com a vida das mulheres. Não vou diminuir a dor da vivência trans visto que o conhecimento do feminismo radical me trouxe angústia de morte, literalmente, não me matei por pouco depois de descobrir que eu "não era o que eu era". Essa dor passou mas uma completa falta de propósito e sentido na vida permaneceu, até hoje, foi como "desexistir".
"Nossa Julia como você pode então comparar essa sua vivência com um simples agrado?" É porque essa comparação seria a comparação que o transativismo gostaria que fosse feita, como se a escolha trans fosse entre a vida delas e a vida das mulheres e não é essa a verdade. Quem trás essa dor e essa morte às mulheres trans é o patriarcado e de modo mais individual os homens "padrão", não é o conhecimento da realidade das castas sexuais. Culpar as mulheres e tentar coloca-las subservientes pela empatia induzindo as pessoas a pensar que as trans precisam escolher entre a vida delas e a das mulheres é uma chantagem típica do patriarcado.
Então o que eu chamo de "sorvete" não é a possibilidade de me livrar de todo o preconceito e ter minha existência "tal como é" reconhecida e respeitada, não é isso que o transativismo oferece. O transativismo oferece um agradinho gostoso, um ambiente alienante, fascista, venenoso e que coloca nosso ego nas alturas. Então sim, o que o transativismo oferece é um "sorvete", não é libertação, não é nada material que mude a vida de pessoas trans, é uma bajulação psicopata-nacísica.
O preço dessa bajulação é a vida de milhares de mulheres (ou se o transativismo for bem sucedido milhões). Eu não gosto de diminuir as coisas, o transativismo custa, senão a vida das mulheres, sua sanidade e existência enquanto sujeito. E isso não é exagerar as coisas. Basta conversar com as meninas que apoiam o transativismo, muitas já não são mais críticas, foram reprogramadas para repetir frases prontas, como robôs, e lutar até a morte para defender seus transopressores. Odeiam profundamente mulheres que defendem mulheres, ou seja, as únicas pessoas que poderiam resgatá-las do seu sequestro emocional.
Se eu tenho que escolher entre o "sorvete" do transativismo e entre a segurança de mulheres em seus ambientes exclusivos, como eu posso sequer cogitar escolher o "sorvete"? Como eu posso dizer que sujeitar uma criança à possibilidade de ser violentada sexualmente no banheiro feminino é algo aceitável? Como eu posso cogitar a ideia de enviar criminosos que já estupraram mulheres para a cadeia feminina porque eles agora "se sentem mulher"? Como eu posso deixar que mulheres em situação de trauma precisem conviver com pessoas portadoras do órgão que as violou porque um dos seus violadores agora "é uma das garotas como qualquer outra"? Como posso deixar agressores se tornarem vítimas?
A verdade é que mesmo que a pergunta fosse: Minha vida ou vida das mulheres? Não tem uma resposta heroica aqui, esse pergunta seria uma falácia, isso é só propaganda do transativismo. Se eu confronto quem é verdadeiramente meu inimigo, o "homem padrão", nunca terei que escolher entre a minha vida e a vida das mulheres. Abolir gênero é o que salva as pessoas trans, enfrentar mulheres e coloca-las em risco é apenas servir, com fidelidade extrema, ao patriarcado.
Antes vou contextualizar aqui como é possível que eu esteja dizendo que a dor trans é algo fútil como "sorvete" em comparação com a vida das mulheres. Não vou diminuir a dor da vivência trans visto que o conhecimento do feminismo radical me trouxe angústia de morte, literalmente, não me matei por pouco depois de descobrir que eu "não era o que eu era". Essa dor passou mas uma completa falta de propósito e sentido na vida permaneceu, até hoje, foi como "desexistir".
"Nossa Julia como você pode então comparar essa sua vivência com um simples agrado?" É porque essa comparação seria a comparação que o transativismo gostaria que fosse feita, como se a escolha trans fosse entre a vida delas e a vida das mulheres e não é essa a verdade. Quem trás essa dor e essa morte às mulheres trans é o patriarcado e de modo mais individual os homens "padrão", não é o conhecimento da realidade das castas sexuais. Culpar as mulheres e tentar coloca-las subservientes pela empatia induzindo as pessoas a pensar que as trans precisam escolher entre a vida delas e a das mulheres é uma chantagem típica do patriarcado.
Então o que eu chamo de "sorvete" não é a possibilidade de me livrar de todo o preconceito e ter minha existência "tal como é" reconhecida e respeitada, não é isso que o transativismo oferece. O transativismo oferece um agradinho gostoso, um ambiente alienante, fascista, venenoso e que coloca nosso ego nas alturas. Então sim, o que o transativismo oferece é um "sorvete", não é libertação, não é nada material que mude a vida de pessoas trans, é uma bajulação psicopata-nacísica.
O preço dessa bajulação é a vida de milhares de mulheres (ou se o transativismo for bem sucedido milhões). Eu não gosto de diminuir as coisas, o transativismo custa, senão a vida das mulheres, sua sanidade e existência enquanto sujeito. E isso não é exagerar as coisas. Basta conversar com as meninas que apoiam o transativismo, muitas já não são mais críticas, foram reprogramadas para repetir frases prontas, como robôs, e lutar até a morte para defender seus transopressores. Odeiam profundamente mulheres que defendem mulheres, ou seja, as únicas pessoas que poderiam resgatá-las do seu sequestro emocional.
Se eu tenho que escolher entre o "sorvete" do transativismo e entre a segurança de mulheres em seus ambientes exclusivos, como eu posso sequer cogitar escolher o "sorvete"? Como eu posso dizer que sujeitar uma criança à possibilidade de ser violentada sexualmente no banheiro feminino é algo aceitável? Como eu posso cogitar a ideia de enviar criminosos que já estupraram mulheres para a cadeia feminina porque eles agora "se sentem mulher"? Como eu posso deixar que mulheres em situação de trauma precisem conviver com pessoas portadoras do órgão que as violou porque um dos seus violadores agora "é uma das garotas como qualquer outra"? Como posso deixar agressores se tornarem vítimas?
A verdade é que mesmo que a pergunta fosse: Minha vida ou vida das mulheres? Não tem uma resposta heroica aqui, esse pergunta seria uma falácia, isso é só propaganda do transativismo. Se eu confronto quem é verdadeiramente meu inimigo, o "homem padrão", nunca terei que escolher entre a minha vida e a vida das mulheres. Abolir gênero é o que salva as pessoas trans, enfrentar mulheres e coloca-las em risco é apenas servir, com fidelidade extrema, ao patriarcado.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2017
Tradução: Misoginia = Uterovaginódio
Em tempos em que o termo mulher vem sendo dissolvido até perder o significado e então passa a ser ressignificado para servir aos interesses (masculinistas) do queer é importante, além de voltar ao significado original da mulher (enquanto casta sexual), voltar ao significado original de misoginia.
Misoginia = Uterovaginódio. Ou seja, misoginia é o ódio contra o útero e a vagina. Quando disse em um texto anterior que o homem instituiu a casta sexual das mulheres pela possibilidade dela desenvolver um corpo capaz de ser fecundado pelos machos, a instituição desse sistema de castas se deu justamente pela implementação do ódio contra os órgãos destinados a serem escravizados pelos machos.
A lógica é bem simples, se esses órgãos definem a casta sexual das mulheres, me refiro ao útero e à vagina, torna-se então claro que eles devem ser destituídos de valor e violentados para serem domesticados e foi exatamente isso que ocorreu. Simultaneamente o órgão sexual masculino, destinado a violentar a fêmea, foi idolatrado e imbuído de todo poder simbólico sócio-histórico-cultural.
Assim se percebe o transativismo como extensão óbvia do patriarcado ao fortalecer o desvalor da vagina e do útero além da ambição cruel de apagar completamente da existência esses órgãos. O transativismo quer transformar em primeiro lugar a vagina em um simples orifício sexual e o útero em uma peça transplantável, como se a mulher fosse apenas um dispositivo orgânico de cultuvação de úteros.
Para o transativismo a vagina é o que o homem sempre defendeu que fosse, um buraco, chegando ao ponto de dizer que um homem ter seu pênis mutilado e deformado para formar um orifício é o mesmo que ter uma vagina. Além dessa perversão do que é chamado de vagina, a vagina real, o órgão sexual e produtor da fêmea é considerado um tabu, invertendo a lógica de opressão é chamado de violência contra os machos-que-se-dizem-mulher. Isso é especialmente grave considerando que a vagina e o clitóris são mutilados e deformados pelo ódio machista em todo tipo de crime ao longo da história e até os dias de hoje. Esses órgãos hoje são secundários em termos de quantidade e qualidade de estudos e investimentos em pesquisas e produção de conhecimento científico em relação ao pênis.
O caso do útero é ainda mais grave embora felizmente a ciência ainda não tenha a capacidade de aplicar com perfeição a violência planejada pelo transativismo. Para realizar o sonho de gravidez das "mulheres trans" as mulheres são vistas como um terreno de cultivo de útero para eventual colheita e transplante. E algumas meninas, por uma suposta "empatia" (que é na verdade subserviência ao falo) já cogitam doar o útero para que o fetiche do macho-grávido se realize. Essa vontade de se apropriar do útero das fêmeas não é nada mais do que o que o macho sempre impôs sobre a fêmea, a posse do útero, apenas deixaria de ser de maneira direta para uma posse direta.
Quando o transativismo quer apagar o útero e a vagina da existência ao mesmo tempo em que se apropria deles enquanto termos que fazem parte do discurso do homem, como se útero e vagina pudessem ser do homem, ele quer na verdade apagar a mulher. Se a mulher não pode mais falar justamente da violência que o homem impôs sobre ela pra fazer a divisão das castas sexuais, ou seja, a dominação da vagina e do útero, isso significa é que a própria mulher é apagada da existência.
"Não podemos reduzir a mulher à vagina e ao útero", dizem, oras, quem reduziu metade dos seres humanos a isso ao estabelecer o sistema de castas sexuais é o patriarcado e agora ele quer apagar até isso, a intenção é não sobrar nada.
Misoginia = Uterovaginódio. Ou seja, misoginia é o ódio contra o útero e a vagina. Quando disse em um texto anterior que o homem instituiu a casta sexual das mulheres pela possibilidade dela desenvolver um corpo capaz de ser fecundado pelos machos, a instituição desse sistema de castas se deu justamente pela implementação do ódio contra os órgãos destinados a serem escravizados pelos machos.
A lógica é bem simples, se esses órgãos definem a casta sexual das mulheres, me refiro ao útero e à vagina, torna-se então claro que eles devem ser destituídos de valor e violentados para serem domesticados e foi exatamente isso que ocorreu. Simultaneamente o órgão sexual masculino, destinado a violentar a fêmea, foi idolatrado e imbuído de todo poder simbólico sócio-histórico-cultural.
Assim se percebe o transativismo como extensão óbvia do patriarcado ao fortalecer o desvalor da vagina e do útero além da ambição cruel de apagar completamente da existência esses órgãos. O transativismo quer transformar em primeiro lugar a vagina em um simples orifício sexual e o útero em uma peça transplantável, como se a mulher fosse apenas um dispositivo orgânico de cultuvação de úteros.
Para o transativismo a vagina é o que o homem sempre defendeu que fosse, um buraco, chegando ao ponto de dizer que um homem ter seu pênis mutilado e deformado para formar um orifício é o mesmo que ter uma vagina. Além dessa perversão do que é chamado de vagina, a vagina real, o órgão sexual e produtor da fêmea é considerado um tabu, invertendo a lógica de opressão é chamado de violência contra os machos-que-se-dizem-mulher. Isso é especialmente grave considerando que a vagina e o clitóris são mutilados e deformados pelo ódio machista em todo tipo de crime ao longo da história e até os dias de hoje. Esses órgãos hoje são secundários em termos de quantidade e qualidade de estudos e investimentos em pesquisas e produção de conhecimento científico em relação ao pênis.
O caso do útero é ainda mais grave embora felizmente a ciência ainda não tenha a capacidade de aplicar com perfeição a violência planejada pelo transativismo. Para realizar o sonho de gravidez das "mulheres trans" as mulheres são vistas como um terreno de cultivo de útero para eventual colheita e transplante. E algumas meninas, por uma suposta "empatia" (que é na verdade subserviência ao falo) já cogitam doar o útero para que o fetiche do macho-grávido se realize. Essa vontade de se apropriar do útero das fêmeas não é nada mais do que o que o macho sempre impôs sobre a fêmea, a posse do útero, apenas deixaria de ser de maneira direta para uma posse direta.
Quando o transativismo quer apagar o útero e a vagina da existência ao mesmo tempo em que se apropria deles enquanto termos que fazem parte do discurso do homem, como se útero e vagina pudessem ser do homem, ele quer na verdade apagar a mulher. Se a mulher não pode mais falar justamente da violência que o homem impôs sobre ela pra fazer a divisão das castas sexuais, ou seja, a dominação da vagina e do útero, isso significa é que a própria mulher é apagada da existência.
"Não podemos reduzir a mulher à vagina e ao útero", dizem, oras, quem reduziu metade dos seres humanos a isso ao estabelecer o sistema de castas sexuais é o patriarcado e agora ele quer apagar até isso, a intenção é não sobrar nada.
Transativismo e a institucionalização da Psicopatia
O transativismo e o movimento queer em geral tem defendido uma
existência autocentrada, psicopata. O centro da "existência queer" são identidades
sem base material, social ou cultural. Essas identidades das quais a
única referência é o próprio dono são dogmáticas e narcisistas colocando
o sujeito como senhor da realidade.
Diferente de identidades construídas em conjunto com o outro, com o mundo, com a materialidade, com a cultura e fortalecidas com os laços sociais de empatia essas "identidades queer" criam um isolamento alucinatório e colocam o sujeito em um mundo à parte dos outros tornando os laços empáticos cada vez mais fracos ou simulados.
O amor máximo possível numa "existência queer" é o amor narcísico, o amor por si mesmo e portanto o outro só é amado enquanto sujeito que cultua sua identidade. Da mesma forma como o único amor possível é o amor de aceitar a adoração do outro pelo seu gênero, qualquer ferida narcísica, qualquer rejeição da identidade causa uma reação violenta. E temos um enorme problema aqui porque essas identidades são instáveis e frágeis, podendo ocasionar explosões a qualquer momento, de modo imprevisível, ferindo quem está ao redor.
O transativismo e o queer vem então, sob pretexto de pregar a empatia, instituir a psicopatia dos seus integrantes onde o não aceitar a soberania da auto-identidade justifica todo tipo de barbaridade. Na verdade, qualquer um que não cultue as auto-identidades deixa imediatamente de ser gente e se torna coisa, objeto, foco de ódio, por vezes de uma comunidade inteira.
Um exemplo perfeito disso é o ódio contra as feministas radicais, pessoas que simplesmente por discordarem da soberania do gênero-nascísico-psicopata perdem o direito a falsa empatia deles e sofrem todo tipo de violência.
A existência queer-psicopata consiste em validar o narcisismo, a ausência de empatia, o comportamento de manipulação mental, emocional e até físico e a violência contra os discordantes. Essa psicopatia institucionalizada vem sendo chamada de empatia. Milhares de mulheres vem sendo cativadas a acreditar que servirem a monstruosidade psicopata desses narcisistas é ter amor e ser empática com eles, quando eles mesmos são incapazes de empatia.
Minha mensagem final é: Caso você esteja lendo isso e tenha pessoas queridas nesse estado de Síndrome de Estocolmo dentro do queer, por amor a essas pessoas, tente resgatá-las. As chances de que elas estejam servindo os desejos de algum narcisista psicopata são enormes, e elas tendem a perceber isso só depois que o dano já foi causado.
Diferente de identidades construídas em conjunto com o outro, com o mundo, com a materialidade, com a cultura e fortalecidas com os laços sociais de empatia essas "identidades queer" criam um isolamento alucinatório e colocam o sujeito em um mundo à parte dos outros tornando os laços empáticos cada vez mais fracos ou simulados.
O amor máximo possível numa "existência queer" é o amor narcísico, o amor por si mesmo e portanto o outro só é amado enquanto sujeito que cultua sua identidade. Da mesma forma como o único amor possível é o amor de aceitar a adoração do outro pelo seu gênero, qualquer ferida narcísica, qualquer rejeição da identidade causa uma reação violenta. E temos um enorme problema aqui porque essas identidades são instáveis e frágeis, podendo ocasionar explosões a qualquer momento, de modo imprevisível, ferindo quem está ao redor.
O transativismo e o queer vem então, sob pretexto de pregar a empatia, instituir a psicopatia dos seus integrantes onde o não aceitar a soberania da auto-identidade justifica todo tipo de barbaridade. Na verdade, qualquer um que não cultue as auto-identidades deixa imediatamente de ser gente e se torna coisa, objeto, foco de ódio, por vezes de uma comunidade inteira.
Um exemplo perfeito disso é o ódio contra as feministas radicais, pessoas que simplesmente por discordarem da soberania do gênero-nascísico-psicopata perdem o direito a falsa empatia deles e sofrem todo tipo de violência.
A existência queer-psicopata consiste em validar o narcisismo, a ausência de empatia, o comportamento de manipulação mental, emocional e até físico e a violência contra os discordantes. Essa psicopatia institucionalizada vem sendo chamada de empatia. Milhares de mulheres vem sendo cativadas a acreditar que servirem a monstruosidade psicopata desses narcisistas é ter amor e ser empática com eles, quando eles mesmos são incapazes de empatia.
Minha mensagem final é: Caso você esteja lendo isso e tenha pessoas queridas nesse estado de Síndrome de Estocolmo dentro do queer, por amor a essas pessoas, tente resgatá-las. As chances de que elas estejam servindo os desejos de algum narcisista psicopata são enormes, e elas tendem a perceber isso só depois que o dano já foi causado.
"Mulheres trans" e o suicídio da humanidade
As "mulheres trans" ao negarem aceitar a socialização como diferença fundamental entre os gêneros estão negando a si mesmas a única possibilidade de se desobjetificar e de se humanizar. A diferença da socialização masculina e feminina é precisamente a diferença entre objetificação e humanidade.
As "mulheres trans" se fazem objetos de si mesmas, ou objetos do seu próprio desejo, ou ainda, avatares do desejo do patriarcado sobre a mulher. Essa objetificação de si é, de maneira trágica (e para alguns cômica, num sentido kármico), uma evidência de sua socialização masculina, da ausência de humanidade.
Quando a mulher se "avatariza" do desejo patriarcal isso é, como já tratei em diversos textos anteriores, nada mais que um processo de doutrinação que o patriarcado impõe a ela. No caso das "mulheres trans" porém, a quem isso jamais é imposto, pelo contrário, é proibido, o que se evidencia é a natureza objetal do macho e o modo como ele percebe a mulher.
Mulher para o macho, de saia ou não, é uma vestimenta, um objeto, algo estático, sem vontade ou vida, que pode ser apropriado por qualquer um que queira. Assim é também o corpo da "mulher trans" diante da sua fantasia acerca do que é ser mulher, apenas uma massa de modelar, por vezes, ao custo da própria vida.
Se as trans deixassem de lado a auto afirmação, a validação do ego, bem própria do macho vale lembrar, e se prestassem a compreender a socialização feminina, aquilo que impõe à fêmea por considerarem fraqueza, talvez começassem a despertar, lentamente, a percepção de si como pessoas e não coisas.
Enquanto as trans negam o abismo entre elas e as mulheres (evidenciando esse mesmo abismo das formas mais violentas e masculinas possíveis) o que elas tem feito é se privado de se humanizar. Se privado de criar empatia, de criar laços, de entender a tragédia do patriarcado. Assim deixam de ver também a tragédia de si mesmas, de terem sido vítimas da própria objetificação existencial.
Quando eu leio o SCUM Manifesto (e eu sempre volto a ler) eu busco aceitar o que daquilo tudo que a Solanas disse que ainda existe em mim. Se leio com negação reafirmo minha identidade mas perco a oportunidade de aprender a ser gente. E eu quero aprender a ser gente.
As "mulheres trans" se fazem objetos de si mesmas, ou objetos do seu próprio desejo, ou ainda, avatares do desejo do patriarcado sobre a mulher. Essa objetificação de si é, de maneira trágica (e para alguns cômica, num sentido kármico), uma evidência de sua socialização masculina, da ausência de humanidade.
Quando a mulher se "avatariza" do desejo patriarcal isso é, como já tratei em diversos textos anteriores, nada mais que um processo de doutrinação que o patriarcado impõe a ela. No caso das "mulheres trans" porém, a quem isso jamais é imposto, pelo contrário, é proibido, o que se evidencia é a natureza objetal do macho e o modo como ele percebe a mulher.
Mulher para o macho, de saia ou não, é uma vestimenta, um objeto, algo estático, sem vontade ou vida, que pode ser apropriado por qualquer um que queira. Assim é também o corpo da "mulher trans" diante da sua fantasia acerca do que é ser mulher, apenas uma massa de modelar, por vezes, ao custo da própria vida.
Se as trans deixassem de lado a auto afirmação, a validação do ego, bem própria do macho vale lembrar, e se prestassem a compreender a socialização feminina, aquilo que impõe à fêmea por considerarem fraqueza, talvez começassem a despertar, lentamente, a percepção de si como pessoas e não coisas.
Enquanto as trans negam o abismo entre elas e as mulheres (evidenciando esse mesmo abismo das formas mais violentas e masculinas possíveis) o que elas tem feito é se privado de se humanizar. Se privado de criar empatia, de criar laços, de entender a tragédia do patriarcado. Assim deixam de ver também a tragédia de si mesmas, de terem sido vítimas da própria objetificação existencial.
Quando eu leio o SCUM Manifesto (e eu sempre volto a ler) eu busco aceitar o que daquilo tudo que a Solanas disse que ainda existe em mim. Se leio com negação reafirmo minha identidade mas perco a oportunidade de aprender a ser gente. E eu quero aprender a ser gente.
Transfobia não existe
A pessoa trans* é a pessoa que não se identifica totalmente com o
gênero que a sociedade espera dela dentro do binário homem-mulher ou que
se identifica parcialmente ou completamente fora desse binário. Mas o
ponto principal aqui é que gênero, tal qual apresentado pelas teorias
que o defendem enquanto parte integrante de nossa identidade, é um
processo de auto identificação.
Se trans* é autoidentificação então algo só pode ser chamado transfobia quando se refere a autoidentificação de uma pessoa. O que acontece porém é que ninguém senta para perguntar a uma pessoa sobre como ela se identifica antes de agredi-la, a motivação da agressão é a não conformidade com os padrões de gênero, independente da autoidentificação da pessoa.
Isso ocorre por causa de como o patriarcado funciona e entender como ele funciona é entender que a transfobia não existe. O patriarcado é um sistema de estabelecimento, manutenção e fortalecimento da dominação do macho sobre a fêmea, tudo que fortalece essa opressão é recompensado, tudo que enfraquece essa opressão é punido.
Se um macho exerce seu poder de dominação sobre a fêmea pouco importa ao patriarcado se ele se auto denomina homem ou mulher. Se esse macho porém desafia os papeis de gênero, trazendo um relatividade ao que deve ser imposto às mulheres ou ao que pode também ser imposto aos homens esse macho sim vai ser punido, independente de como ele se auto identifica.
Um homem adotar signos culturais de fraqueza ou opostos ao papel de dominador (delicadeza estética por exemplo) é um problema para o patriarcado e portanto há alta probabilidade dele ser punido, isso independe de como ele se autoidentifica. Assim como uma mulher adotar signos culturais de força e independência, opostos ao papel de submissão, é um problema para o patriarcado e vai fazer com que ela seja agredida.
É verdade que há uma alta probabilidade que pessoas trans* se expressem de maneiras que atraiam a punição do patriarcado mas essa punição se dá por confrontarem os papeis designados pelo patriarcado e não por como se identificam. A prova maior disso é que uma pessoa """""cis""""" que quebre mais normas de gênero é proporcionalmente mais punida do que uma pessoa trans* que se conforme com os padrões de gênero.
Quem insiste em dizer que a transfobia é o problema e que pessoas """"cis"""" não sabem o que é isso nunca conheceram uma mulher que não performa feminilidade (independente da sua sexualidade). Sua identidade é o tempo todo desconsiderada, ela é o tempo todo chamada de macho, comparada com homem. Sofrem preconceito o tempo todo e ameaças de agressão constantes sendo a mais comum a de estupro corretivo (mesmo quando são hetero, pra aprenderem a ser femininas). Supostamente se ela é """"cis"""" ela não deveria ter nenhum problema com essas coisas, não é mesmo? Afinal ela "nasceu mulher" (risos) e "se identifica como mulher" (risos²).
E por fim, que fique bem claro, embora um macho sair dos padrões de gênero seja punido pelo patriarcado isso em nada ajuda a libertação das mulheres. É um problema "entre os meninos", divergências no "clube do bolinha" e independente do que for resolvido entre os garotos, seja com barba, com biquini ou com ambos, as mulheres continuam sendo a casta sexual oprimida. Salto alto e maquiagem já foi "coisa de homem" e eles não deixaram de ser opressores e estupradores por isso.
Se trans* é autoidentificação então algo só pode ser chamado transfobia quando se refere a autoidentificação de uma pessoa. O que acontece porém é que ninguém senta para perguntar a uma pessoa sobre como ela se identifica antes de agredi-la, a motivação da agressão é a não conformidade com os padrões de gênero, independente da autoidentificação da pessoa.
Isso ocorre por causa de como o patriarcado funciona e entender como ele funciona é entender que a transfobia não existe. O patriarcado é um sistema de estabelecimento, manutenção e fortalecimento da dominação do macho sobre a fêmea, tudo que fortalece essa opressão é recompensado, tudo que enfraquece essa opressão é punido.
Se um macho exerce seu poder de dominação sobre a fêmea pouco importa ao patriarcado se ele se auto denomina homem ou mulher. Se esse macho porém desafia os papeis de gênero, trazendo um relatividade ao que deve ser imposto às mulheres ou ao que pode também ser imposto aos homens esse macho sim vai ser punido, independente de como ele se auto identifica.
Um homem adotar signos culturais de fraqueza ou opostos ao papel de dominador (delicadeza estética por exemplo) é um problema para o patriarcado e portanto há alta probabilidade dele ser punido, isso independe de como ele se autoidentifica. Assim como uma mulher adotar signos culturais de força e independência, opostos ao papel de submissão, é um problema para o patriarcado e vai fazer com que ela seja agredida.
É verdade que há uma alta probabilidade que pessoas trans* se expressem de maneiras que atraiam a punição do patriarcado mas essa punição se dá por confrontarem os papeis designados pelo patriarcado e não por como se identificam. A prova maior disso é que uma pessoa """""cis""""" que quebre mais normas de gênero é proporcionalmente mais punida do que uma pessoa trans* que se conforme com os padrões de gênero.
Quem insiste em dizer que a transfobia é o problema e que pessoas """"cis"""" não sabem o que é isso nunca conheceram uma mulher que não performa feminilidade (independente da sua sexualidade). Sua identidade é o tempo todo desconsiderada, ela é o tempo todo chamada de macho, comparada com homem. Sofrem preconceito o tempo todo e ameaças de agressão constantes sendo a mais comum a de estupro corretivo (mesmo quando são hetero, pra aprenderem a ser femininas). Supostamente se ela é """"cis"""" ela não deveria ter nenhum problema com essas coisas, não é mesmo? Afinal ela "nasceu mulher" (risos) e "se identifica como mulher" (risos²).
E por fim, que fique bem claro, embora um macho sair dos padrões de gênero seja punido pelo patriarcado isso em nada ajuda a libertação das mulheres. É um problema "entre os meninos", divergências no "clube do bolinha" e independente do que for resolvido entre os garotos, seja com barba, com biquini ou com ambos, as mulheres continuam sendo a casta sexual oprimida. Salto alto e maquiagem já foi "coisa de homem" e eles não deixaram de ser opressores e estupradores por isso.
A culpa e o transativismo
Ontem eu repostei um texto meu sobre as mulheres carregarem o peso do
mundo, repostei porque não estava com cabeça pra falar do que eu queria
no momento e aquele texto falava perfeitamente disso, mas eu ainda quero
falar. Ontem eu tava chorando, não por mim, por duas meninas que
conheço uma pela internet e outra "ao vivo". De alguma forma essas
meninas conseguiram sentir culpa por coisas que elas não fizeram e por
essa culpa vivem em angústias.
Vou focar no caso da menina que conheço presencialmente. Ela tem 19, o namorado tem 41, começaram o relacionamento quando ela ainda tinha 18. Eu não vou descrever toda a situação mas envolve agressão física, verbal, humilhação, traição, ameaças e tudo mais que há de nojento. De alguma forma essa minha amiga sente culpa por quase tudo que ocorre no relacionamento. O bonitão de 41 (digo ironicamente, nem bonito o miserável é) convence ela de que ela é culpada de metade das coisas e a socialização feminina convence ela de que ela é culpada da outra metade.
Eu vejo casos como esse e penso o tanto que essa pessoa precisa do feminismo, precisa provavelmente por questão de sobrevivência, eu temo pela vida dela. Mas eu temo em dobro que ela conheça o feminismo "transaliado". Essa menina já sofreu depressão profunda, já tentou se matar, já surtou. Tudo que ela não precisaria no feminismo é de se culpar também por "errar" meu pronome e precisa menos ainda que seja calada ao falar do útero, de gravidez, de aborto e tudo mais. Tudo que ela não precisa é de um feminismo focado em quem tem pênis.
Há muita menina que encontra no "transfeminismo" a solução perfeita pra culpa, ela fala sobre ela mas ao mesmo tempo já paga o preço, já é expiada de todos os pecados ao se submeterem às fálicas "mulheres trans". Lá você pode falar de como é privilegiada por ser tudo que te forçaram a ser, pode ignorar tudo que é cometido contra você e servir aos seus opressores. Paga os pecados patriarcais de ter vagina e os de não ter pênis. E claro, como não posso deixar de dizer, paga a cota de ser mãe-do-mundo sempre colocando o sofrimento "transfeminino" acima do seu.
Minha posição não é neutra, nem é um sentimento brando, eu sinto um ódio enorme de que se coloque culpa nas mulheres. Eu vejo o esforço sobrenatural que as mulheres fazem pra romper com sua socialização feminina, com ser culpada de tudo e simplesmente não consigo aceitar em nenhuma maneira ou forma um "movimento social" que quer imputar culpa à mulher por ser fêmea.
Vocês que não sentem culpa de imputar culpa às mulheres são monstruosos, são cruéis, não tem coração, não tem humanidade, são máquinas de tortura. Não há um pingo de empatia ou de misericórdia em quem faz isso e todo o amor dado a essas pessoas morre e seca nelas, elas não conseguem olhar pra além do próprio falo.
Vou focar no caso da menina que conheço presencialmente. Ela tem 19, o namorado tem 41, começaram o relacionamento quando ela ainda tinha 18. Eu não vou descrever toda a situação mas envolve agressão física, verbal, humilhação, traição, ameaças e tudo mais que há de nojento. De alguma forma essa minha amiga sente culpa por quase tudo que ocorre no relacionamento. O bonitão de 41 (digo ironicamente, nem bonito o miserável é) convence ela de que ela é culpada de metade das coisas e a socialização feminina convence ela de que ela é culpada da outra metade.
Eu vejo casos como esse e penso o tanto que essa pessoa precisa do feminismo, precisa provavelmente por questão de sobrevivência, eu temo pela vida dela. Mas eu temo em dobro que ela conheça o feminismo "transaliado". Essa menina já sofreu depressão profunda, já tentou se matar, já surtou. Tudo que ela não precisaria no feminismo é de se culpar também por "errar" meu pronome e precisa menos ainda que seja calada ao falar do útero, de gravidez, de aborto e tudo mais. Tudo que ela não precisa é de um feminismo focado em quem tem pênis.
Há muita menina que encontra no "transfeminismo" a solução perfeita pra culpa, ela fala sobre ela mas ao mesmo tempo já paga o preço, já é expiada de todos os pecados ao se submeterem às fálicas "mulheres trans". Lá você pode falar de como é privilegiada por ser tudo que te forçaram a ser, pode ignorar tudo que é cometido contra você e servir aos seus opressores. Paga os pecados patriarcais de ter vagina e os de não ter pênis. E claro, como não posso deixar de dizer, paga a cota de ser mãe-do-mundo sempre colocando o sofrimento "transfeminino" acima do seu.
Minha posição não é neutra, nem é um sentimento brando, eu sinto um ódio enorme de que se coloque culpa nas mulheres. Eu vejo o esforço sobrenatural que as mulheres fazem pra romper com sua socialização feminina, com ser culpada de tudo e simplesmente não consigo aceitar em nenhuma maneira ou forma um "movimento social" que quer imputar culpa à mulher por ser fêmea.
Vocês que não sentem culpa de imputar culpa às mulheres são monstruosos, são cruéis, não tem coração, não tem humanidade, são máquinas de tortura. Não há um pingo de empatia ou de misericórdia em quem faz isso e todo o amor dado a essas pessoas morre e seca nelas, elas não conseguem olhar pra além do próprio falo.
Escudos Objetais
A expressão original é escudo humano, mas dizer que devotos da
teologia queer e transativistas tratam a mulher como ser humano seria
uma piada de mal gosto e passaria a falsa ilusão de que elas possam, de
alguma forma, ter algum espaço nesse templo de dominação masculina. E
nós não queremos iludir ninguém não é mesmo?
A dúvida inicial a respeito desse assunto é muito simples: Se os machos humanos é que guerreiam entre si a respeito do que aqueles pertencentes à mais alta casta sexual (ou seja, os homens) podem ou não podem fazer, como é que as mulheres foram parar no campo de batalha e se dividir umas conta as outras para defender eles?
As mulheres, na briga dos machos-macho contra os machos-de-salto-agulha, vem sido usadas como peças de xadrez, como material descartável. Se essa não é a melhor estratégia do patriarcado eu simplesmente não sei qual é!
Enquanto milhares e milhares de mulheres morrem diariamente por todo o tipo de violência, por questões como feminicídio, aborto e tantas outras questões elas foram tomadas da sua luta para lutar uma guerra que não é delas e nada as beneficia. Usando a programação da maternidade compulsória, da mulher como mãe-de-todos os machos-de-lingerie tem colocado elas umas contra as outras.
Mulheres tem lutado entre si, se dividido, deixado amizades de anos e se afastado de tudo que pode salvá-las para poder se enfrentar no coliseu montado pelos transativistas. Como em um "Street Fighter" colocam sua "bonequinha transativista" pra enfrentar a "inimiga radfem" enquanto eles mesmos só sentam e aproveitam o show, o resultado final é que eles vão quebrando uma após a outra.
"Ah mas e as trans?" - As trans são um problema do patriarcado, são os homens que ao estabelecer seu sistema de opressão colocaram restrições para as suas possibilidades existenciais, definitivamente não são as mulheres que devem resolver esses problemas. Mulheres não tem que pagar o preço da luta entre machos-que-estupram-com-penis-hetero e machos-que-estupram-com-penis-lésbico. As mulheres precisam colocar a maternidade de lado e enxergar, não é uma luta delas.
Eu sempre uso o termo sequestro pra me referir à condição das mulheres no transativismo, eu sei a manipulação emocional e mental que o transativismo faz, eu estive lá, sei a situação de refém que eles colocam as mulheres que apoiam as trans. Elas não querem se sentir culpadas pela violência, elas não querem se sentir culpadas pelas mortes causadas pela suposta transfobia delas.
Eu tenho uma ótima notícia pra todas vocês: Foquem em sua luta, vocês não tem culpa e nem responsabilidade por nenhuma merda que o patriarcado fez. Vocês não devem nada a nenhum homem. Deixem de imediato o campo de batalha e deixem que os meninos resolvam seus problemas entre si, quer eles se identifiquem como Adão ou como Adelle. Vocês tem muita luta pra fazer, muita vida pra salvar, não sejam usadas na guerra de quem oprime vocês. NÃO É CULPA E NEM RESPONSABILIDADE SUA.
A dúvida inicial a respeito desse assunto é muito simples: Se os machos humanos é que guerreiam entre si a respeito do que aqueles pertencentes à mais alta casta sexual (ou seja, os homens) podem ou não podem fazer, como é que as mulheres foram parar no campo de batalha e se dividir umas conta as outras para defender eles?
As mulheres, na briga dos machos-macho contra os machos-de-salto-agulha, vem sido usadas como peças de xadrez, como material descartável. Se essa não é a melhor estratégia do patriarcado eu simplesmente não sei qual é!
Enquanto milhares e milhares de mulheres morrem diariamente por todo o tipo de violência, por questões como feminicídio, aborto e tantas outras questões elas foram tomadas da sua luta para lutar uma guerra que não é delas e nada as beneficia. Usando a programação da maternidade compulsória, da mulher como mãe-de-todos os machos-de-lingerie tem colocado elas umas contra as outras.
Mulheres tem lutado entre si, se dividido, deixado amizades de anos e se afastado de tudo que pode salvá-las para poder se enfrentar no coliseu montado pelos transativistas. Como em um "Street Fighter" colocam sua "bonequinha transativista" pra enfrentar a "inimiga radfem" enquanto eles mesmos só sentam e aproveitam o show, o resultado final é que eles vão quebrando uma após a outra.
"Ah mas e as trans?" - As trans são um problema do patriarcado, são os homens que ao estabelecer seu sistema de opressão colocaram restrições para as suas possibilidades existenciais, definitivamente não são as mulheres que devem resolver esses problemas. Mulheres não tem que pagar o preço da luta entre machos-que-estupram-com-penis-hetero e machos-que-estupram-com-penis-lésbico. As mulheres precisam colocar a maternidade de lado e enxergar, não é uma luta delas.
Eu sempre uso o termo sequestro pra me referir à condição das mulheres no transativismo, eu sei a manipulação emocional e mental que o transativismo faz, eu estive lá, sei a situação de refém que eles colocam as mulheres que apoiam as trans. Elas não querem se sentir culpadas pela violência, elas não querem se sentir culpadas pelas mortes causadas pela suposta transfobia delas.
Eu tenho uma ótima notícia pra todas vocês: Foquem em sua luta, vocês não tem culpa e nem responsabilidade por nenhuma merda que o patriarcado fez. Vocês não devem nada a nenhum homem. Deixem de imediato o campo de batalha e deixem que os meninos resolvam seus problemas entre si, quer eles se identifiquem como Adão ou como Adelle. Vocês tem muita luta pra fazer, muita vida pra salvar, não sejam usadas na guerra de quem oprime vocês. NÃO É CULPA E NEM RESPONSABILIDADE SUA.
DesQUEERizando
(Conforme aprendido nos escritos de Sheila Jeffreys) Minha definição atual anti-queer de mulher: Mulher é uma fêmea humana. Ela é assim designada no nascimento por pertencer a um grupo com potencial para desenvolver um corpo capaz de ser fecundado pelos machos da sua espécie.
Eu atualmente acho essa definição maravilhosa porque além de ela esclarecer muita coisa a respeito da materialidade da opressão que a mulher vive ela ainda evita uma série de problemas ao discutir com a galera queer que invoca todo tipo de exceção e relativismo para destruir a luta das mulheres por libertação.
O mais importante de notar nessa definição é que a mulher não é assim chamada porque ela individualmente tem capacidade de ser fecundada por um macho, caso fosse esse o caso um indivíduo só iria ser chamado mulher e submetido às covardias dos homens após sua fertilidade ser comprovada. Esse método não permitiria aos homens garantir o seu domínio sobre as mulheres pois o condicionamento não seria nem de longe tão eficaz como o condicionamento feito desde o nascimento.
Assim os machos optaram por designar como mulher e submeter à socialização feminina, que pode também ser chamada "escravidão reprodutiva", todas fêmeas humanas, ou seja, todo o grupo que pode, potencialmente, vir a ser fecundado por um macho. Esse é o motivo que as exceções e relativismos não importam, porque o opressor não se importa com eles, a mulher é assim designada à servidão condenada como grupo, não como indivíduo, é uma estratégia de dominação.
É necessário que os machos humanos mantenham essa "desindividualização" das fêmeas, que elas sejam mulheres não por serem o que são e sim pra se distinguirem pela sua função, ou seja, não são pessoas, nem objetos na verdade, elas são uma "função potencial". Essa dominação permite que os machos as mantenham no sequestro mental e emocional pois sua condição de existência e sua própria definição enquanto ser socio-cultural passa pelo desejo e reconhecimento do macho.
A cruel imposição
"Se
trans é feminina é fetichização da mulher mas rad pode usar batom,
salto alto e colocar silicone, tá serto" - A resposta disso é a mais
simples possível. À mulher foi imposta à feminilidade, ao homem que se
identifica como mulher não. À mulher foi imposta a feminilidade,
absolutamente nenhuma culpa ou responsabilidade cai sobre ela por viver
isso, ela não tem nenhuma obrigação ou responsabilidade de mudar uma
programação que foi feita nela desde a infância e que durou décadas. É
monstruoso e cruel sequer sugerir que elas tenham alguma
responsabilidade sobre isso que foi tão opressivamente imposto sobre
elas.
É uma abominação acreditar ou sequer inserir nessa conversa a ideia de desconstrução como se oprimidos tivessem de alguma forma culpa ou responsabilidade de se "reprogramar". É um ganho se conseguirem, mas não é, de modo algum, uma responsabilidade e não gera nenhuma culpa. Ao homem que se identifica como mulher porém cabe a pergunta: Se não foi forçado à feminilidade e a decide performar, porque tratá-la como algo da mulher? O problema não é ser de um jeito X, usar roupas Y ou fazer cirurgias Z mas que ao se dizer que isso é parte do ser mulher se reafirma a diferença dos gêneros e se reafirma a expectativa do patriarcado sobre os gêneros.
Um ser que nasceu com pênis pode usar vestidos e salto alto, colocar ou não silicone. O absurdo é dizer que isso é parte da sua existência como mulher, como se "mulher" de fato existisse, como se existisse algo, qualquer coisa que seja, espiritual, mental ou físico que defina que um ser humano deva ser, ou seja, mulher. Como se mulher não fosse só a opressão praticada contra quem nasce com vagina e nunca jamais escolheu ser mulher, nunca se sentiu mulher, mas foi domesticada e doutrinada a ser, ao ponto, é claro, de amar ser (e não vou entrar nos méritos aqui de condicionamento, quem tem o conhecimento tem, quem não tem pesquisa).
Mulher é uma imposição, uma tortura contra quem tem vagina e quem tem vagina não tem culpa de ser condicionada a agir assim porque foi forçada a isso. Nada faz de ninguém mulher, quando o rad fala de exclusividades da mulher não é de modo algum afirmando identidades e exclusividades de "mulheres biológicas" mas em função de libertar quem nasceu com vagina de ter sobre elas imposta a socialização feminina. Não tem nada de bonito em ser mulher, não é clube da Luluzinha, é muito mais um grupo de pessoas que sofrem constantes abusos pela sua fisiologia, independente de suas escolhas, um clube de sobreviventes que se organiza pra enfrentar seus abusadores.
Não é sobre identidade é sobre imposição, é essa a diferença mais básica. Assim repito, quem força a mulher trans a ser mulher? Quem é o opressor que treinou a mulher trans desde o nascimento pra ser mulher? Feminilidade no caso da mulher trans não é em absoluto uma opressão, não foi imposta, não é tortura, domesticação, não é quebrar um ser mentalmente saudável até se tornar um objeto submisso e eternamente dependente do desejo e da aprovação alheia.
É difícil assim de entender a diferença entre uma identidade imposta e outra que não foi imposta (pelo contrário, é oposta à imposição)? Não conseguem diferenciar sofrer lavagem cerebral pra ser mulher e não ter culpa nenhuma sobre isso de lutar contra a imposição de ser homem? É surreal demais.
É uma abominação acreditar ou sequer inserir nessa conversa a ideia de desconstrução como se oprimidos tivessem de alguma forma culpa ou responsabilidade de se "reprogramar". É um ganho se conseguirem, mas não é, de modo algum, uma responsabilidade e não gera nenhuma culpa. Ao homem que se identifica como mulher porém cabe a pergunta: Se não foi forçado à feminilidade e a decide performar, porque tratá-la como algo da mulher? O problema não é ser de um jeito X, usar roupas Y ou fazer cirurgias Z mas que ao se dizer que isso é parte do ser mulher se reafirma a diferença dos gêneros e se reafirma a expectativa do patriarcado sobre os gêneros.
Um ser que nasceu com pênis pode usar vestidos e salto alto, colocar ou não silicone. O absurdo é dizer que isso é parte da sua existência como mulher, como se "mulher" de fato existisse, como se existisse algo, qualquer coisa que seja, espiritual, mental ou físico que defina que um ser humano deva ser, ou seja, mulher. Como se mulher não fosse só a opressão praticada contra quem nasce com vagina e nunca jamais escolheu ser mulher, nunca se sentiu mulher, mas foi domesticada e doutrinada a ser, ao ponto, é claro, de amar ser (e não vou entrar nos méritos aqui de condicionamento, quem tem o conhecimento tem, quem não tem pesquisa).
Mulher é uma imposição, uma tortura contra quem tem vagina e quem tem vagina não tem culpa de ser condicionada a agir assim porque foi forçada a isso. Nada faz de ninguém mulher, quando o rad fala de exclusividades da mulher não é de modo algum afirmando identidades e exclusividades de "mulheres biológicas" mas em função de libertar quem nasceu com vagina de ter sobre elas imposta a socialização feminina. Não tem nada de bonito em ser mulher, não é clube da Luluzinha, é muito mais um grupo de pessoas que sofrem constantes abusos pela sua fisiologia, independente de suas escolhas, um clube de sobreviventes que se organiza pra enfrentar seus abusadores.
Não é sobre identidade é sobre imposição, é essa a diferença mais básica. Assim repito, quem força a mulher trans a ser mulher? Quem é o opressor que treinou a mulher trans desde o nascimento pra ser mulher? Feminilidade no caso da mulher trans não é em absoluto uma opressão, não foi imposta, não é tortura, domesticação, não é quebrar um ser mentalmente saudável até se tornar um objeto submisso e eternamente dependente do desejo e da aprovação alheia.
É difícil assim de entender a diferença entre uma identidade imposta e outra que não foi imposta (pelo contrário, é oposta à imposição)? Não conseguem diferenciar sofrer lavagem cerebral pra ser mulher e não ter culpa nenhuma sobre isso de lutar contra a imposição de ser homem? É surreal demais.
Opostos não se atraem
"Radfem só sabe ficar xingando trans na internet" - Bom, quando os
homens criam um movimento oposto ao feminismo (transativismo) que busca
naturalizar, reafirmar e dogmatizar a feminilidade como uma realidade e
não a encara como uma infeliz doutrinação imposta a fêmea, bem, tem que
"xingar" mesmo.
Se trata da ideia que essas pessoas estão vendendo, uma ideologia que quer tornar a opressão algo glorioso e beneficiário à mulher (privilégio """"CIS""""), assim como dissolver, tornar relativo e fluido os motivos e consequências da luta da fêmea pela sua libertação.
Transativismo não é sobre proteger trans, é só sobre desmantelar a luta das mulheres. Quer as trans façam isso sabendo do que fazem ou simplesmente por ignorância política o fato é que aceitar essa ideologia e respeitar gênero enquanto autoidentificação é aceitar a dominação e a opressão.
Com o transativismo não há libertação da mulher, aliás a própria situação de sequestro (emocional e mental) que as fêmeas experimentam no transativismo como apoiadoras é evidência disso. O transativismo e o feminismo são lutas opostas, incompatíveis e a vitória de uma representa diretamente a derrota da outra.
Se trata da ideia que essas pessoas estão vendendo, uma ideologia que quer tornar a opressão algo glorioso e beneficiário à mulher (privilégio """"CIS""""), assim como dissolver, tornar relativo e fluido os motivos e consequências da luta da fêmea pela sua libertação.
Transativismo não é sobre proteger trans, é só sobre desmantelar a luta das mulheres. Quer as trans façam isso sabendo do que fazem ou simplesmente por ignorância política o fato é que aceitar essa ideologia e respeitar gênero enquanto autoidentificação é aceitar a dominação e a opressão.
Com o transativismo não há libertação da mulher, aliás a própria situação de sequestro (emocional e mental) que as fêmeas experimentam no transativismo como apoiadoras é evidência disso. O transativismo e o feminismo são lutas opostas, incompatíveis e a vitória de uma representa diretamente a derrota da outra.
O Peso do Mundo
As mulheres carregam, muito injustamente, o peso do mundo.
É difícil saber de onde começar a falar disso, creio que na nossa sociedade seria apropriado começar por Eva, a maldita que enganou Adão trazendo o pecado ao mundo. E a extra oficial Lilith que rebelde acabou por se relacionar com demônios servindo as trevas. Ou seja, quer na servidão ou na rebeldia a culpa é da mulher. Mas não tem figura mais representante da mulher do que a mãe, mãe de todos. De Gaia e "Maria Mãe de Deus" até a monstruosa e assustadora mãe freudiana.
Mulher é mãe dos filhos, dos parceiros e até dos pais. É mãe da primeira boneca e mãe até da enfermeira que cuida dela na velhice, ela se responsabiliza, ela se preocupa, ela se pré-culpa.A mulher é preocupada com tudo e é pré-culpada de tudo. E esse peso minha socialização masculina nunca vai carregar. Por isso respeitarei sempre a dor das pessoas que são socializadas como mulher, minha disforia reconhece o peso que carregam e sente vergonha.
Não importa quanto tempo eu esteja apoiando o feminismo nunca deixo de me assustar com os relatos pessoais de como as meninas sentem que é culpa delas, não importa o que, sempre é. "É porque sou muito burra", "sou feia", "sou idiota", "sou um nada", "sou incompetente", "sou incapaz", "sou fútil"... sempre culpa de Eva, nunca de Adão.
O falo na cultura falocentrica se assemelha a uma varinha mágica capaz de gerar ilusões poderosíssimas, indistinguíveis da realidade (não é mesmo Solanas?). De alguma forma os homens detentores de todos os privilégios não são responsáveis pelo que ocorre de errado mas as mulheres em tudo oprimidas são...como?
Se o namoro falha, se ocorre traição, se acontece violência, se tem agressão, se tem estupro, se falta dinheiro, se a criança é mal criada, se tem doença... tudo é culpa da mãe. Mãe-mãe, mãe-filha, mãe-namorada, mãe-amiga, mãe-irmã. Os eternos homens-bebê sempre deixam toda a responsabilidade de suas existências nas eternas mulheres-mãe. Essa ilusão precisa ser quebrada. E isso tudo é claro um dos motivos de eu insistir que mulher não seja mãe no feminismo, não acolha a tudo e a todos, faz parte do processo de se libertar ela desenvolver essa capacidade de olhar pra ela como objeto de própria atenção e do próprio cuidado. Pais, maridos, namorados, filhos e "trans mulheres" mexem com essa culpa-materna-eterna-constante.
Qualquer pessoa ou grupo de pessoas que explorar essa culpa nas mulheres, que mexer com os sentimentos delas pra fazer com que se sintam responsáveis e culpadas estará servindo ao patriarcado. Não há circunstância onde reivindicar que a mulher atue como mãe-de-todos ou mãe-do-mundo não seja opressivo e pró-patriarcado. Qualquer pessoa ou grupo de pessoas que fale em libertação da mulher deve falar em primeiro lugar de libertá-la dessa "maldição de Eva", da culpa primordial, de estar sempre em último lugar, de se contentar com a inexistência, de ser figurante em sua própria história, enfim, de ser mãe do mundo.
Isso é muito central na luta de libertação, é provavelmente o pilar principal do patriarcado (ou o cristianismo não exploraria isso com tanta intensidade, Evas, Liliths [extra oficialmente] e Marias [mães e prostitutamente madalenas]). Não se existe golpe maior para o patriarcado do que a mulher se negar a ser mãe do mundo.
O homem branco sim é pai desse sistema nojento, nascido da mitose das suas células mais cancerígenas, e se alguém tem que limpar essa bagunça é ele. Que culpa seja imputada a quem é devida.
É difícil saber de onde começar a falar disso, creio que na nossa sociedade seria apropriado começar por Eva, a maldita que enganou Adão trazendo o pecado ao mundo. E a extra oficial Lilith que rebelde acabou por se relacionar com demônios servindo as trevas. Ou seja, quer na servidão ou na rebeldia a culpa é da mulher. Mas não tem figura mais representante da mulher do que a mãe, mãe de todos. De Gaia e "Maria Mãe de Deus" até a monstruosa e assustadora mãe freudiana.
Mulher é mãe dos filhos, dos parceiros e até dos pais. É mãe da primeira boneca e mãe até da enfermeira que cuida dela na velhice, ela se responsabiliza, ela se preocupa, ela se pré-culpa.A mulher é preocupada com tudo e é pré-culpada de tudo. E esse peso minha socialização masculina nunca vai carregar. Por isso respeitarei sempre a dor das pessoas que são socializadas como mulher, minha disforia reconhece o peso que carregam e sente vergonha.
Não importa quanto tempo eu esteja apoiando o feminismo nunca deixo de me assustar com os relatos pessoais de como as meninas sentem que é culpa delas, não importa o que, sempre é. "É porque sou muito burra", "sou feia", "sou idiota", "sou um nada", "sou incompetente", "sou incapaz", "sou fútil"... sempre culpa de Eva, nunca de Adão.
O falo na cultura falocentrica se assemelha a uma varinha mágica capaz de gerar ilusões poderosíssimas, indistinguíveis da realidade (não é mesmo Solanas?). De alguma forma os homens detentores de todos os privilégios não são responsáveis pelo que ocorre de errado mas as mulheres em tudo oprimidas são...como?
Se o namoro falha, se ocorre traição, se acontece violência, se tem agressão, se tem estupro, se falta dinheiro, se a criança é mal criada, se tem doença... tudo é culpa da mãe. Mãe-mãe, mãe-filha, mãe-namorada, mãe-amiga, mãe-irmã. Os eternos homens-bebê sempre deixam toda a responsabilidade de suas existências nas eternas mulheres-mãe. Essa ilusão precisa ser quebrada. E isso tudo é claro um dos motivos de eu insistir que mulher não seja mãe no feminismo, não acolha a tudo e a todos, faz parte do processo de se libertar ela desenvolver essa capacidade de olhar pra ela como objeto de própria atenção e do próprio cuidado. Pais, maridos, namorados, filhos e "trans mulheres" mexem com essa culpa-materna-eterna-constante.
Qualquer pessoa ou grupo de pessoas que explorar essa culpa nas mulheres, que mexer com os sentimentos delas pra fazer com que se sintam responsáveis e culpadas estará servindo ao patriarcado. Não há circunstância onde reivindicar que a mulher atue como mãe-de-todos ou mãe-do-mundo não seja opressivo e pró-patriarcado. Qualquer pessoa ou grupo de pessoas que fale em libertação da mulher deve falar em primeiro lugar de libertá-la dessa "maldição de Eva", da culpa primordial, de estar sempre em último lugar, de se contentar com a inexistência, de ser figurante em sua própria história, enfim, de ser mãe do mundo.
Isso é muito central na luta de libertação, é provavelmente o pilar principal do patriarcado (ou o cristianismo não exploraria isso com tanta intensidade, Evas, Liliths [extra oficialmente] e Marias [mães e prostitutamente madalenas]). Não se existe golpe maior para o patriarcado do que a mulher se negar a ser mãe do mundo.
O homem branco sim é pai desse sistema nojento, nascido da mitose das suas células mais cancerígenas, e se alguém tem que limpar essa bagunça é ele. Que culpa seja imputada a quem é devida.
A sanidade me foi doada, não conquistada
Se
uma feminista radical, já com anos de estrada e conhecendo muito bem a
babaquice transativista e o uzomismo, não contrariasse todas as
expectativas que ela tinha de mim e não gastasse algumas horas
conversando comigo por inbox eu estaria bostejando misoginia até hoje.
Provavelmente estaria desejando a morte de mulheres e lambendo o saco dos
misóginos.
Eu acredito que nem a mulher que me ensinou o radical utilizaria a palavra esperança, mas é, se não fosse a esperança que ela teve, esperança no sentido de acreditar que uma pessoa poderia entender o que ela estava dizendo, se não fosse a esperança dela eu ainda seria o monstro que era. Um dia uma rad gastou tempo comigo, quando eu ainda era cheia do lixo transativista (e isso eu nunca vou entender, serei eternamente grata).
Eu sou o que sou porque pessoas que não tinham nenhum motivo pra ter esperança em mim tiveram, não foi mérito meu. Essa mulher podia só ter mandado eu me foder e fim. Quando eu ainda estava aprendendo eu falei muita bobagem, me envolvi em muitas brigas de maneira selvagem, enfim, tiveram paciência comigo. Eu nem sei bem porquê estou escrevendo isso tudo mas sei por fato que feministas radicais não são transfóbicas, toda vez que paro e penso só vejo elas como pessoas de amor.
Eu mudei a intenção desse texto enquanto escrevia, na verdade criei um sentido pra ele enquanto escrevia e acho que no fim é isso que eu queria dizer mesmo. Discordo veementemente de quem chama essas pessoas de odiosas e amarguradas, na verdade em toda minha vida eu provavelmente nunca encontrei um grupo que discordasse de mim e que me tratasse tão bem.
Eu nunca recebi tanta compreensão desmerecida como recebi das rads. E talvez eu esteja me repetindo, talvez eu tenha um ou outro texto muito parecido com esse, mas considerando o tanto de vezes que proferem ódio contra rads é mais provável que minha repetição seja ainda insuficiente, talvez eu deveria falar com mais frequência de que essa imagem de preconceituosas que odeiam trans é falsa, elas só odeiam, muito justamente, a misoginia.
Eu acredito que nem a mulher que me ensinou o radical utilizaria a palavra esperança, mas é, se não fosse a esperança que ela teve, esperança no sentido de acreditar que uma pessoa poderia entender o que ela estava dizendo, se não fosse a esperança dela eu ainda seria o monstro que era. Um dia uma rad gastou tempo comigo, quando eu ainda era cheia do lixo transativista (e isso eu nunca vou entender, serei eternamente grata).
Eu sou o que sou porque pessoas que não tinham nenhum motivo pra ter esperança em mim tiveram, não foi mérito meu. Essa mulher podia só ter mandado eu me foder e fim. Quando eu ainda estava aprendendo eu falei muita bobagem, me envolvi em muitas brigas de maneira selvagem, enfim, tiveram paciência comigo. Eu nem sei bem porquê estou escrevendo isso tudo mas sei por fato que feministas radicais não são transfóbicas, toda vez que paro e penso só vejo elas como pessoas de amor.
Eu mudei a intenção desse texto enquanto escrevia, na verdade criei um sentido pra ele enquanto escrevia e acho que no fim é isso que eu queria dizer mesmo. Discordo veementemente de quem chama essas pessoas de odiosas e amarguradas, na verdade em toda minha vida eu provavelmente nunca encontrei um grupo que discordasse de mim e que me tratasse tão bem.
Eu nunca recebi tanta compreensão desmerecida como recebi das rads. E talvez eu esteja me repetindo, talvez eu tenha um ou outro texto muito parecido com esse, mas considerando o tanto de vezes que proferem ódio contra rads é mais provável que minha repetição seja ainda insuficiente, talvez eu deveria falar com mais frequência de que essa imagem de preconceituosas que odeiam trans é falsa, elas só odeiam, muito justamente, a misoginia.
Guia rápido de opressões e privilégios
- Se submeter a imposições dos opressores e por isso não ser punido (pra além dos danos causados pela submissão) NÃO configura privilégio
- Ser recompensado pelo opressor por se submeter à sua imposição NÃO é privilégio e nem muito menos configura opressão contra quem não se submete (e não anula os danos causados pela submissão)
- Só o opressor pode exercer opressão, só quem detém poder material, poder histórico, cultural, etc, pode oprimir e mesmo quando não exerce sua opressão ativamente, é ainda opressor e detentor de privilégios, ou de maneira branda-fofa-amorzinho, pode se dizer que é opressor em potencial
- O oprimido é sempre oprimido, as diversas formas as quais os oprimidos encontram de lidar com a opressão variam mas elas jamais configuram privilégio ou opressão porque esses são determinados pela materialidade, por estruturas e recursos que independem do indivíduo
- Se sentir bem não configura opressão ou privilégio como se sentir mal não configura ser oprimido, a percepção do indivíduo não diz absolutamente nada da realidade material
- Os sistemas estabelecidos pelos opressores tem efeitos colaterais que os afetam, esses efeitos colaterais causados pela opressão não podem, de modo algum, ser considerados como "opressões contra os opressores", tal coisa não existe, esses efeitos colaterais são custos de manutenção do sistema opressivo
- A realidade material não é alterada por palavras, ao contrário, as palavras, a linguagem e os seres inscritos nela, é que são determinados pela realidade material. Toda ideologia serve a uma classe e a seu discurso, não existe nada neutro. Assim sendo, escolha bem a quem você serve.
- A opressão não é uma ação de um indivíduo sobre outro ou mesmo de um grupo sobre o outro, opressão é toda relação que se dá entre opressor e oprimido dentro de um sistema hierárquico estrutural estabelecido. Como exemplo podemos citar o sistema de casta sexual onde as fêmeas são submetidas e condicionadas por terem a possibilidade de serem fecundadas pelos machos, assim toda relação entre macho e fêmea é de opressão, independente de como ela se dê.
- Ser recompensado pelo opressor por se submeter à sua imposição NÃO é privilégio e nem muito menos configura opressão contra quem não se submete (e não anula os danos causados pela submissão)
- Só o opressor pode exercer opressão, só quem detém poder material, poder histórico, cultural, etc, pode oprimir e mesmo quando não exerce sua opressão ativamente, é ainda opressor e detentor de privilégios, ou de maneira branda-fofa-amorzinho, pode se dizer que é opressor em potencial
- O oprimido é sempre oprimido, as diversas formas as quais os oprimidos encontram de lidar com a opressão variam mas elas jamais configuram privilégio ou opressão porque esses são determinados pela materialidade, por estruturas e recursos que independem do indivíduo
- Se sentir bem não configura opressão ou privilégio como se sentir mal não configura ser oprimido, a percepção do indivíduo não diz absolutamente nada da realidade material
- Os sistemas estabelecidos pelos opressores tem efeitos colaterais que os afetam, esses efeitos colaterais causados pela opressão não podem, de modo algum, ser considerados como "opressões contra os opressores", tal coisa não existe, esses efeitos colaterais são custos de manutenção do sistema opressivo
- A realidade material não é alterada por palavras, ao contrário, as palavras, a linguagem e os seres inscritos nela, é que são determinados pela realidade material. Toda ideologia serve a uma classe e a seu discurso, não existe nada neutro. Assim sendo, escolha bem a quem você serve.
- A opressão não é uma ação de um indivíduo sobre outro ou mesmo de um grupo sobre o outro, opressão é toda relação que se dá entre opressor e oprimido dentro de um sistema hierárquico estrutural estabelecido. Como exemplo podemos citar o sistema de casta sexual onde as fêmeas são submetidas e condicionadas por terem a possibilidade de serem fecundadas pelos machos, assim toda relação entre macho e fêmea é de opressão, independente de como ela se dê.
O inimigo do meu inimigo é...
"O feminismo radical não te contempla."
Pura verdade. Não é por isso que vou me juntar a uma organização criminosa contra as mulheres. Não é por isso que vou ficar do lado de quem prega o dia todo a ideologia de que pode cometer todo tipo de misoginia sob o pretexto de ser reação do oprimido.
Se eu reivindicar meu direito de usar o banheiro feminino depende de garantir esse direito na lei de tal modo que pode colocar a segurança das mulheres em risco, já que todo tipo de pessoa passa a poder reivindicar esse direito. eu devo mesmo fazer isso?
É minha linha de raciocínio sabe? Uma mulher pode ficar desconfortável de entrar no banheiro que eu frequento por exemplo, e pode passar enorme desconforto evitando de ir ao banheiro com medo de trombar com uma trans lá. Claro que o popular hoje em dia é "foda-se ela que desconstrua a mente preconceituosa de cis nojenta dela", mas não, isso é idiota, quem colocou o patriarcado aí são os homens, se eu for agredida no banheiro masculino vai ser por homens, ELES que são meus inimigos, não as mulheres, se alguém tem que pagar o preço são eles, não as meninas. Não é uma injustiça ABSURDA querer que mulheres paguem o preço do patriarcado?
"As trans tem inimigo em comum com as feministas, porque não lutar juntas?" Porque até agora eu to esperando pra ver as trans deixando a brotheragem de lado pra REALMENTE lutar contra os homens, eu até integraria o movimento de boas. Mas pra lutar contra mulher, não, isso é muito errado, isso é o mais errado possível.
Abusar da socialização feminina das meninas pra prender elas numa síndrome de Estocolmo não é lutar contra o patriarcado, é SER o patriarcado. E eu não vou apoiar movimento assim, é nojento. Trans poderiam, em teoria, como grupo que sofre as consequências ruins dos privilégios da socialização masculina, simpatizar com a dor das mulheres e lutar contra os homens e, nesse caso, estariam ajudando a desconstruir o patriarcado mas por agora o que tem feito é justamente usar das estruturas que o patriarcado construiu para ferir as mulheres, ou seja, se negam homens como identificação mas se fazem homem na prática.
Pura verdade. Não é por isso que vou me juntar a uma organização criminosa contra as mulheres. Não é por isso que vou ficar do lado de quem prega o dia todo a ideologia de que pode cometer todo tipo de misoginia sob o pretexto de ser reação do oprimido.
Se eu reivindicar meu direito de usar o banheiro feminino depende de garantir esse direito na lei de tal modo que pode colocar a segurança das mulheres em risco, já que todo tipo de pessoa passa a poder reivindicar esse direito. eu devo mesmo fazer isso?
É minha linha de raciocínio sabe? Uma mulher pode ficar desconfortável de entrar no banheiro que eu frequento por exemplo, e pode passar enorme desconforto evitando de ir ao banheiro com medo de trombar com uma trans lá. Claro que o popular hoje em dia é "foda-se ela que desconstrua a mente preconceituosa de cis nojenta dela", mas não, isso é idiota, quem colocou o patriarcado aí são os homens, se eu for agredida no banheiro masculino vai ser por homens, ELES que são meus inimigos, não as mulheres, se alguém tem que pagar o preço são eles, não as meninas. Não é uma injustiça ABSURDA querer que mulheres paguem o preço do patriarcado?
"As trans tem inimigo em comum com as feministas, porque não lutar juntas?" Porque até agora eu to esperando pra ver as trans deixando a brotheragem de lado pra REALMENTE lutar contra os homens, eu até integraria o movimento de boas. Mas pra lutar contra mulher, não, isso é muito errado, isso é o mais errado possível.
Abusar da socialização feminina das meninas pra prender elas numa síndrome de Estocolmo não é lutar contra o patriarcado, é SER o patriarcado. E eu não vou apoiar movimento assim, é nojento. Trans poderiam, em teoria, como grupo que sofre as consequências ruins dos privilégios da socialização masculina, simpatizar com a dor das mulheres e lutar contra os homens e, nesse caso, estariam ajudando a desconstruir o patriarcado mas por agora o que tem feito é justamente usar das estruturas que o patriarcado construiu para ferir as mulheres, ou seja, se negam homens como identificação mas se fazem homem na prática.
A bigorna ou o martelo
Estabelecendo diferenças e o porque de não considerar trans como mulher em termos de opressão:
Mulher: Ser socializado como mulher é recompensado por ser fraco, frágil, dependente, submisso, humilhado, desvalorizado, objetificado e por aí vai. Isso é imposto e recompensado. O ser socializado como mulher é treinado à escravidão do nascimento ao dia da morte em um sistema cruel de punição ao se valorizar como gente e de recompensa ao se portar como objeto de desejo do outro. Mulher ousar ser gente rende agressões e até mesmo morte. Ser gente é bom, é saudável e isso é negado às mulheres, a humanidade mais básica é negada a elas.
Homem: Ser socializado como homem é recompensado por ser forte, corajoso, inteligente, ter voz, liderar e muito mais. É treinado para colonizar, tomar posse, se desenvolver, ter e seguir seus próprios objetivos, demonstrar força, determinação e ser senhor da realidade. O homem é punido quando se nega a estabelecer a superioridade masculina e traz perigo ao patriarcado por não perpetuar os sistemas de opressão e dominação contra a mulher, ou seja, ao se portar como objeto (especialmente no sentido sexual, que deveria ser exclusividade da mulher) ou ao se negar a dominar mulheres sexualmente e submeter outro homem, ou seja, corromper a ideia do homem como dominador incontestável e da mulher como submissa incontestável. Tudo o que o homem tem, inclusive a violência que ele sofre é um privilégio, porque apesar de ser forçado ele é forçado a ser forte e dominador e não fraco e submisso.
Me desculpem mas quem não enxerga que é completamente diferente ser punido por ser forte e ser punido por ser fraco, precisa repensar a vida. Sim mulheres trans sofrem, sofrem de morte, mas sofrem por se negarem a exercer uma série de PRIVILÉGIOS, enquanto mulheres """"""cis"""""" sofrem por não se submeter. Movimento social não é espaço pra "opressores que se submetem à opressão", é espaço pra oprimidos.
Mulher sofre por não se submeter, ninguém deve mesmo se submeter, e é com isso que me importo, com quem luta pra se libertar. Se o povo trans quer lutar pra se submeter o problema não é meu, nem do feminismo. Eles que criem o movimento "Nós queremos ser livres pra nos torturarmos com as correntes da feminilidade que nós mesmos criamos pra dominar as mulheres" - e por favor, inventem uma sigla pra isso, só a descrição já me dá náuseas.
Mulher: Ser socializado como mulher é recompensado por ser fraco, frágil, dependente, submisso, humilhado, desvalorizado, objetificado e por aí vai. Isso é imposto e recompensado. O ser socializado como mulher é treinado à escravidão do nascimento ao dia da morte em um sistema cruel de punição ao se valorizar como gente e de recompensa ao se portar como objeto de desejo do outro. Mulher ousar ser gente rende agressões e até mesmo morte. Ser gente é bom, é saudável e isso é negado às mulheres, a humanidade mais básica é negada a elas.
Homem: Ser socializado como homem é recompensado por ser forte, corajoso, inteligente, ter voz, liderar e muito mais. É treinado para colonizar, tomar posse, se desenvolver, ter e seguir seus próprios objetivos, demonstrar força, determinação e ser senhor da realidade. O homem é punido quando se nega a estabelecer a superioridade masculina e traz perigo ao patriarcado por não perpetuar os sistemas de opressão e dominação contra a mulher, ou seja, ao se portar como objeto (especialmente no sentido sexual, que deveria ser exclusividade da mulher) ou ao se negar a dominar mulheres sexualmente e submeter outro homem, ou seja, corromper a ideia do homem como dominador incontestável e da mulher como submissa incontestável. Tudo o que o homem tem, inclusive a violência que ele sofre é um privilégio, porque apesar de ser forçado ele é forçado a ser forte e dominador e não fraco e submisso.
Me desculpem mas quem não enxerga que é completamente diferente ser punido por ser forte e ser punido por ser fraco, precisa repensar a vida. Sim mulheres trans sofrem, sofrem de morte, mas sofrem por se negarem a exercer uma série de PRIVILÉGIOS, enquanto mulheres """"""cis"""""" sofrem por não se submeter. Movimento social não é espaço pra "opressores que se submetem à opressão", é espaço pra oprimidos.
Mulher sofre por não se submeter, ninguém deve mesmo se submeter, e é com isso que me importo, com quem luta pra se libertar. Se o povo trans quer lutar pra se submeter o problema não é meu, nem do feminismo. Eles que criem o movimento "Nós queremos ser livres pra nos torturarmos com as correntes da feminilidade que nós mesmos criamos pra dominar as mulheres" - e por favor, inventem uma sigla pra isso, só a descrição já me dá náuseas.
Cisfobia ou Misoginia?
Existe um perigo enorme em falar que cisfobia não existe: Dizer que não existe cisfobia é uma desculpa pra aceitar misoginia.
Odiar """"cis"""", quando a """"cis"""" é uma mulher não é a fábula da cisfobia, é a muito realista misoginia. Cisfobia só não existe quando é contra homem, todos os casos em que eu vi cisfobia era misoginia. E sempre o mesmo caso a pessoa trans sendo extremamente misógina e como desculpa usando a palavra """""cis""""" pra justificar a misoginia.
No caso da mulher, ser """"cis"""" já é ser odiada. Mulher é odiada e oprimida sendo "homem trans" ou "mulher cis", não existe escapatória. Mulher é odiada e oprimida em submissão ou em confronto. Não há situação em que uma mulher seja privilegiada no sistema de gêneros, existe situações em que ela sofre menos agressão, mas esse poupar é comparável ao seu nível de submissão.
Como já disse antes, uma mulher """"cis"""" tem tanto "privilégio cis" quanto uma pessoas que obedece a um sequestrador com uma arma na mão. Submissão por coerção nunca será privilégio no meu dicionário.
O ponto todo é que se uma "mulher trans" profere ódio contra uma "mulher cis", não adianta chamar isso de "cisfobia" pra justificar como reação de oprimido. É misoginia. Uma das minhas ex-amigas trans tinha "cisfóbica" na foto de capa, e ficava com uma menina, você não imagina como era abusivo o relacionamento. Nos rolê porém, nada era visto de errado, era reação de oprimida.
Uma trans pode ser cisfóbica com um homem mas com uma mulher ela estaria adicionando ódio e culpabilização a uma oprimida, ela está se juntando ao coro misógino do patriarcado e não reagindo a uma opressão, porque mulher """""cis""""" não pode oprimir "mulher trans".
A mulher """""cis""""" não tem seu espaço por ser """"cis"""" e isso fica muito claro com lésbicas butch. A muher """"cis"""" tem seu espaço quando se submete totalmente e só nesse caso. Ela se identificar com seu gênero só garante um direito: O de sofrer menos caso se submeta completamente à feminilidade e ao desejo do homem. (E claro que uso termos como "espaço" e "direito" ironicamente, ela não tem nem um e nem outro no patriarcado)
Odiar """"cis"""", quando a """"cis"""" é uma mulher não é a fábula da cisfobia, é a muito realista misoginia. Cisfobia só não existe quando é contra homem, todos os casos em que eu vi cisfobia era misoginia. E sempre o mesmo caso a pessoa trans sendo extremamente misógina e como desculpa usando a palavra """""cis""""" pra justificar a misoginia.
No caso da mulher, ser """"cis"""" já é ser odiada. Mulher é odiada e oprimida sendo "homem trans" ou "mulher cis", não existe escapatória. Mulher é odiada e oprimida em submissão ou em confronto. Não há situação em que uma mulher seja privilegiada no sistema de gêneros, existe situações em que ela sofre menos agressão, mas esse poupar é comparável ao seu nível de submissão.
Como já disse antes, uma mulher """"cis"""" tem tanto "privilégio cis" quanto uma pessoas que obedece a um sequestrador com uma arma na mão. Submissão por coerção nunca será privilégio no meu dicionário.
O ponto todo é que se uma "mulher trans" profere ódio contra uma "mulher cis", não adianta chamar isso de "cisfobia" pra justificar como reação de oprimido. É misoginia. Uma das minhas ex-amigas trans tinha "cisfóbica" na foto de capa, e ficava com uma menina, você não imagina como era abusivo o relacionamento. Nos rolê porém, nada era visto de errado, era reação de oprimida.
Uma trans pode ser cisfóbica com um homem mas com uma mulher ela estaria adicionando ódio e culpabilização a uma oprimida, ela está se juntando ao coro misógino do patriarcado e não reagindo a uma opressão, porque mulher """""cis""""" não pode oprimir "mulher trans".
A mulher """""cis""""" não tem seu espaço por ser """"cis"""" e isso fica muito claro com lésbicas butch. A muher """"cis"""" tem seu espaço quando se submete totalmente e só nesse caso. Ela se identificar com seu gênero só garante um direito: O de sofrer menos caso se submeta completamente à feminilidade e ao desejo do homem. (E claro que uso termos como "espaço" e "direito" ironicamente, ela não tem nem um e nem outro no patriarcado)
Falsa Simetria
Existe
um erro enorme ao comparar pessoas """""cis""""" e pessoas trans. O
patriarcado não reconhece transexualidade ou qualquer variação de gênero
que não seja homem ou mulher. Isso porquê o patriarcado separa as pessoas em castas sexuais para garantir a dominação dos machos sobre as fêmeas.
Frequentemente vejo pessoas dizendo: "X% das mulheres trans trabalham com prostituição" ou "X% de pessoas trans são assassinadas". Não se pode simplesmente comparar isso com outro grupo sem entender o que está se dizendo quando se fala de pessoas trans.
O correto pra entender esses problemas é entender em primeiro lugar quem o patriarcado pune e porquê e aí podemos fazer uma simetria comparativa. O primeiro ponto é entender quando o transativismo fala de pessoas trans, qual seria a tradução disso para o patriarcado? A tradução é: Pessoas que infringem as normas de gênero do patriarcado.
O que isso significa? Que não se pode comparar a violência que mulheres trans sofrem com a de qualquer mulher """cis""". O correto seria comparar por exemplo com a violência que mulheres que recusam a performance feminina. Porque isso é o correto? Porque as pessoas se focam na autoidentificação e se esquecem que isso não existe para o patriarcado. O interesse do patriarcado é manter a hierarquia de gênero, assim a performance social da pessoa é que importa.
A simetria deve ser honesta. Agora sabe qual a estatística de mulheres que se recusam a ser femininas? Nenhuma. Sabem porque? Porque elas não existem. Elas não são interesse da sociedade, nem dentro do movimento LGBT. Não existe estatísticas para "lésbicas butch que não se depilam". Mal existe visibilidade pra lésbicas. Quantas delas morrem? Quantas são estupradas? Quantas tem de viver em situação de miséria? Alguém lembra que "mulher não feminina" existe?
Vamos ser pessoas honestas. Mulher trans pro patriarcado é um homem que rejeitou seu papel de gênero e sua situação deve ser comparada com a de mulheres que rejeitam também o seu papel. Mas homem, mesmo quando "é mulher" ainda tem destaque, tem suas devidas estatísticas, tem seu espaço LGBT e no feminismo. A mulher se não servir ao desejo do homem simplesmente não existe.
Transfobia é um espantalho para não enxergarmos o verdadeiro problema que é o sistema de gêneros. Transfobia é a mão do mágico que distrai enquanto com a outra mão ele realiza os truques. Se compreendermos que toda violência é para manter a estrutura de gêneros e que qualquer ameaça a essa estrutura é punida, podemos nos focar em destruí-la ao invés de garantir para as pessoas o direito de participar dela.
Garantir direito de pertencer a um gênero é como garantir o direito de se viver com algemas.
Frequentemente vejo pessoas dizendo: "X% das mulheres trans trabalham com prostituição" ou "X% de pessoas trans são assassinadas". Não se pode simplesmente comparar isso com outro grupo sem entender o que está se dizendo quando se fala de pessoas trans.
O correto pra entender esses problemas é entender em primeiro lugar quem o patriarcado pune e porquê e aí podemos fazer uma simetria comparativa. O primeiro ponto é entender quando o transativismo fala de pessoas trans, qual seria a tradução disso para o patriarcado? A tradução é: Pessoas que infringem as normas de gênero do patriarcado.
O que isso significa? Que não se pode comparar a violência que mulheres trans sofrem com a de qualquer mulher """cis""". O correto seria comparar por exemplo com a violência que mulheres que recusam a performance feminina. Porque isso é o correto? Porque as pessoas se focam na autoidentificação e se esquecem que isso não existe para o patriarcado. O interesse do patriarcado é manter a hierarquia de gênero, assim a performance social da pessoa é que importa.
A simetria deve ser honesta. Agora sabe qual a estatística de mulheres que se recusam a ser femininas? Nenhuma. Sabem porque? Porque elas não existem. Elas não são interesse da sociedade, nem dentro do movimento LGBT. Não existe estatísticas para "lésbicas butch que não se depilam". Mal existe visibilidade pra lésbicas. Quantas delas morrem? Quantas são estupradas? Quantas tem de viver em situação de miséria? Alguém lembra que "mulher não feminina" existe?
Vamos ser pessoas honestas. Mulher trans pro patriarcado é um homem que rejeitou seu papel de gênero e sua situação deve ser comparada com a de mulheres que rejeitam também o seu papel. Mas homem, mesmo quando "é mulher" ainda tem destaque, tem suas devidas estatísticas, tem seu espaço LGBT e no feminismo. A mulher se não servir ao desejo do homem simplesmente não existe.
Transfobia é um espantalho para não enxergarmos o verdadeiro problema que é o sistema de gêneros. Transfobia é a mão do mágico que distrai enquanto com a outra mão ele realiza os truques. Se compreendermos que toda violência é para manter a estrutura de gêneros e que qualquer ameaça a essa estrutura é punida, podemos nos focar em destruí-la ao invés de garantir para as pessoas o direito de participar dela.
Garantir direito de pertencer a um gênero é como garantir o direito de se viver com algemas.
Qual a coisa mais trans que eu já fiz?
A melhor parte de ter nascido macho, identificada como homem no nascimento, passado pela socialização masculina e entrar em contato com o feminismo radical é eu ter me imposto a restrição de não odiar mulher nenhuma. Nenhuma mesmo, nem a Sara Winter.
Agradeço à pessoa que me introduziu à teoria, que me ensinou a não expor mulheres, não xingar, não odiar e não agredir de nenhuma forma. Se eu virei gente do ano passado pra cá (na época de 2014 para 2015) foi por causa disso, pude gastar mais tempo entendendo e amando do que odiando.
Pode não parecer mas isso é um privilégio. Essa restrição faz com que eu sempre precise questionar meus sentimentos e pensamentos e reformular de uma maneira compreensiva. Me privar de viver a misoginia foi a experiência mais trans que eu já vivi, porque não existe nada mais cis-macho do que odiar a mulher.
Privilégio Transfálico
Não existe privilégio trans porque não existe trans,
patriarcado não inventou trans. Mas existe privilégio para "mulheres
trans". Isso fica claro nos espaços feministas que acolhem "mulheres
trans". Isso se dá porque vivemos numa sociedade falocêntrica e o falo é mais do que o pênis, assim, com pênis ou não, o socializado como homem é fálico e adorado.
Numa sociedade onde a misoginia é religião universal os seres socializados como machos sempre dominam o lugar de fala, sempre colonizam e sempre conquistam o "direito" (que nomezinho nojento) de agredir a mulher. ISSO SIM É PRIVILÉGIO - privilégio não é ser reconhecida pelo gênero que se identifica (especialmente quando isso representa ser violentada, abusada e usada).
Aprendam que um ser com pênis tomar lugar de fala de mulher num mundo falocêntrico onde homem já manda NÃO É NADA REVOLUCIONÁRIO. Odiar mulher num mundo que odeia a mulher NÃO É REVOLUCIONÁRIO. Desculpem "migas" mas NÃO TEM NADA DE NOVO EM SER MISÓGINO!
Cada dia vejo uma coisa nova. Hoje fiquei sabendo que uma trans mandou a menina comer bosta (e claro que a "galera" apoia o mascu violento, porque ele "se sente mulher") e agora ela tem direito a banheiro feminino, nome feminino, enfim vai dividir espaço com as mulheres sendo misógino. É isso que chamam de reação do oprimido? Cometer misoginia é revolucionário agora? Qual é a próxima revolução? Voltarmos a viver em cavernas?
Pelo amor do que for sagrado para vocês! Parem de endeusar misoginia! PAREM DE ENDEUSAR MISOGINIA! Misoginia NUNCA É REAÇÃO DE OPRIMIDO! Entendem que loucura irracional é essa? PAREM DE APLAUDIR MISOGINIA! Eu fico exausta tentando explicar pra galerinha trans aliada que violência contra mulher nunca é feminismo. Que independente do motivo MISOGINIA É SEMPRE PRÓ-PATRIARCADO.
Nunca vou entender que bosta de "alma feminina" e "se sentir mulher" é esse que gera tanta violência no coração dessas pessoas. Se "ser mulher" for odiar mulher como esse povo, eu não "me sinto mulher".
Numa sociedade onde a misoginia é religião universal os seres socializados como machos sempre dominam o lugar de fala, sempre colonizam e sempre conquistam o "direito" (que nomezinho nojento) de agredir a mulher. ISSO SIM É PRIVILÉGIO - privilégio não é ser reconhecida pelo gênero que se identifica (especialmente quando isso representa ser violentada, abusada e usada).
Aprendam que um ser com pênis tomar lugar de fala de mulher num mundo falocêntrico onde homem já manda NÃO É NADA REVOLUCIONÁRIO. Odiar mulher num mundo que odeia a mulher NÃO É REVOLUCIONÁRIO. Desculpem "migas" mas NÃO TEM NADA DE NOVO EM SER MISÓGINO!
Cada dia vejo uma coisa nova. Hoje fiquei sabendo que uma trans mandou a menina comer bosta (e claro que a "galera" apoia o mascu violento, porque ele "se sente mulher") e agora ela tem direito a banheiro feminino, nome feminino, enfim vai dividir espaço com as mulheres sendo misógino. É isso que chamam de reação do oprimido? Cometer misoginia é revolucionário agora? Qual é a próxima revolução? Voltarmos a viver em cavernas?
Pelo amor do que for sagrado para vocês! Parem de endeusar misoginia! PAREM DE ENDEUSAR MISOGINIA! Misoginia NUNCA É REAÇÃO DE OPRIMIDO! Entendem que loucura irracional é essa? PAREM DE APLAUDIR MISOGINIA! Eu fico exausta tentando explicar pra galerinha trans aliada que violência contra mulher nunca é feminismo. Que independente do motivo MISOGINIA É SEMPRE PRÓ-PATRIARCADO.
Nunca vou entender que bosta de "alma feminina" e "se sentir mulher" é esse que gera tanta violência no coração dessas pessoas. Se "ser mulher" for odiar mulher como esse povo, eu não "me sinto mulher".
O que é uma "mulher trans"?
O que é ser uma mulher trans do ponto de vista da realidade, saindo do discurso pessoal?
Em primeiro lugar devemos perceber o que é que um ser que foi identificado no nascimento como um menino aprendeu sobre o que é ser mulher. Porquê?
Do ponto de vista da realidade o que são pensamentos e sentimentos? Temos sensações fisiológicas e uma representação mental da realidade mas essas coisas só tomam formas e ganham nome através da socialização, da linguagem, dos valores culturais. Assim, não existe se sentir feliz ou triste exceto pelo conjunto de sensações que uma determinada cultura define como felicidade ou tristeza. Igualmente não existe se sentir mulher exceto pelo que uma sociedade ensina que é o ser mulher.
Voltando ao ponto inicial então, o garoto é socializado como homem e portanto ouve como qualquer homem sobre o que é ser uma mulher. O ser socializado como homem compreende, apreende, introjeta o conceito de mulher do ponto de vista do opressor, do diferente, do ser que tem direito sobre a mulher. Assim qualquer representação de transexualidade é obrigatoriamente uma representação misógina da mulher. A transexualidade feminina envolve um homem, opressor, que se identifica com o desejo que ele deposita no oprimido e com a admiração e o reconhecimento que ele tem do opressor.
A mulher trans é o homem que reconhece o homem como apto a ser dono da mulher e que portanto encarna isso ao se identificar com a mulher. Isso se dá em duas situações distintas que se desenvolvem dessa mesma base:
- A mulher trans heterossexual, ou, o homem gay, que reconhecedor do homem como possuidor da mulher entende que deve se destituir da identidade masculina e se vestir da identidade feminina para ser possuído por um homem, assim legitimando a supremacia do homem sobre a mulher e mantendo a supremacia masculina intacta, visto que é uma mulher se submetendo a um homem e não um homem se submetendo a outro.
- A mulher trans homossexual, ou, o homem hetero, que investe sua libido narcisicamente encarnando seu objeto de desejo e tornando sua fantasia de tomar duas (ou mais) mulheres uma realidade sendo ele de fato um terceiro participante do envolvimento sexual como entidade simbólica. Assim a mulher que ele é, é na verdade a mulher que ele deseja.
Fora do ambiente da sexualidade ainda é necessário de falar de outros aspectos sociais do que é ser mulher e de como o homem percebe a mulher e portanto o leva a se identificar com ela. O homem destituído de sua virilidade em momentos chave da sua construção de identidade ou homens que de alguma forma romantizam a diferença entre o homem e a mulher tendem também a se identificar com o feminino em diversos níveis, atingindo ultimamente a transexualidade, exatamente por não viverem a experiência da opressão feminina na pele e enxergar somente a propaganda que o patriarcado faz do que é a mulher, o feminino, a feminilidade. Esses homens performam uma fantasia glamurosa do que é ser feminino como a "sensibilidade", a delicadeza ou afinidade com as artes mas de modo algum experimentam a violência de serem tratados como portadores de útero por exemplo.
Seja tratando dos aspectos da sexualidade ou de aspectos do gênero, um fator é inescapável e indiscutível:
Todo ser que foi socializado como homem tem duas características que podem e devem vetar sua voz ativa no feminismo:
1. Não sofreu na pele a socialização feminina, consequentemente não sofreu na pele a opressão feminina nas primeiras fases da vida e sua anatomia o impede de experimentar diversas opressões subsequentes, as mais relevantes
2. Mulher que ele conhece é mulher pelo discurso do opressor, do portador de pênis, do macho, e ele se identifica com esse discurso, não com a realidade da vivência oprimida da mulher
Esses dois fatores em conjunto com o que disse acima garantem que essa pessoa possa ver a feminilidade como algo desejável (e de fato pra ele é, já que é homem) e não como opressão, e dificultam imensamente que ele possa compreender o terror de se submeter a mulher à feminilidade.
Essas pessoas estarão mais preocupadas com a própria identidade do que com o sofrimento das mulheres e possivelmente racionalizarão para entender a feminilidade como algo desejável amenizando MUITO o discurso das opressões que as mulheres sofrem, porque, novamente, pra ele é desejável logo nunca será tratado por ele como algo inerentemente opressivo, ofensivo ou desprezível.
Se essas pessoas tiverem voz ativa no feminismo há grandes chances de que as opressões mais profundas que as mulheres sofrem, justamente aquelas que a "mulher trans" não sofreu, ou seja, aquelas específicas do desenvolvimento infantil como mulher (fundadoras da personalidade e do ser como um todo) e da anatomia e fisiologia feminina sejam deixadas de lado, isso, na melhor das hipóteses. Na pior das hipóteses pode levar a uma celebração do feminino imposto pelo patriarcado como algo desejável e até mesmo pauta do feminismo.
Contra o transativismo
Pela minha postura contrária ao transativismo e por denunciar tudo que esse movimento pratica contra as mulheres eu sou frequentemente chamada de rad ou até de TERF.
Pra eu ser radfem eu teria que ser mulher, ou seja eu teria que:
1.Ser identificada como mulher no nascimento e ter passado pela socialização feminina por ser uma parideira em potencial;
2.Ter meu corpo, vivência e existência odiados pela sociedade falocêntrica;
3.Não oprimir mulheres
Então, não, não sou radfem e não tem como eu ser.
Gosto de brincar, pela ofensa que fazem às feministas radicais, dizendo que sou não sou TERF mas sou TETA, Trans Exclusive Transexual Activist. Mas a verdade é que sou apenas uma pessoa com a capacidade, aparentemente rara, de perceber absurdos e rejeitar a violência contra a mulher como pauta de um movimento.
Eu classifico o que eu faço simplesmente como minha reação frente a misoginia do transativismo. O silenciamento das mulheres, o apagamento das opressões que a mulher sofre e até a inversão da condição de oprimido e opressor que o transativismo promove me enojam. Não só me dão nojo, me doem, porque convivi (e convivo) de perto com mulheres a vida toda e sei como é importante pra elas terem um espaço exclusivo pra falar das suas vivências e suas dores.
Daí me pergunto, PORQUE DIABOS ESSA SUPOSTA ALMA FEMININA FAZ COM QUE TRANS TOMEM ATITUDES DE COLONIZAÇÃO IGUAIS AS DOS HOMENS???? É se impor, se "forçar pra dentro", causar divisão entre as meninas, enfraquecer o movimento colocando mulher contra mulher, enfim... igualzinho homem...
Não sou uma pessoa correta que faz tudo certinho, minha diferença com relação a outras pessoas é que não defendo e propago a misoginia como algo aceitável ou desejável, não defendo com unhas e dentes a violência contra a mulher.
O que eu digo só parece subversivo em comparação com a misoginia grosseira que se infiltrou em alguns feminismos graças a presença do transativismo, mas deveria ser o normal para qualquer ser com um mínimo de compreensão e empatia. Tantas trans se manifestam e atacam mulheres e eu não consigo me controlar e sinto necessidade de fazer a voz contrária.
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